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Com a guerra, Rússia está "a moldar a futura ordem mundial", diz Medvedev

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia propôs-se, este sábado, a recordar os objetivos de Moscovo na guerra com a Ucrânia.

Com a guerra, Rússia está "a moldar a futura ordem mundial", diz Medvedev

Face à rotina do dia a dia e das “decisões militares muito difíceis” que têm vindo a ser tomadas no contexto do conflito na Ucrânia, o antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, propôs-se a recordar os propósitos de Moscovo na invasão que, a seu ver, começam a ser “esquecidos”.

Lembrem-se de que é a Rússia que protege os seus cidadãos. E é exatamente o que o nosso país está a fazer, e já fez as terras russas originais. E esse retorno [das terras originais] vai continuar”, começou por dizer, numa publicação na sua página da rede social Telegram, este sábado.

Na ótica do aliado do presidente russo, Vladimir Putin, é a Rússia de hoje que “está a moldar a futura ordem mundial, e não os estados com a Grã-Bretanha ou a obscura Kyiv. E esta nova ordem mundial igualitária será construída”, ressalvou.

Medvedev apontou ainda que “apenas a Rússia está a lutar contra a NATO e o mundo ocidental”, concluindo que “quaisquer paralelos com o passado são incorretos ou condicionais”, exceto no facto de que Moscovo consegue “destruir um inimigo poderoso ou alianças inimigas”.

“Lembrem-se de que a Rússia está a realizar um trabalho de combate, a tentar salvar ao máximo a vida dos nossos militares e civis. Os nossos inimigos não têm consideração pela vida dos seus soldados e civis. E é aí que reside a nossa grande diferença moral”, lançou.

O antigo presidente russo fez ainda questão de recordar que a Rússia, “por razões óbvias para todas as pessoas razoáveis, ainda não usou todo o seu arsenal de possíveis meios de destruição”, nem “atingiu todos os possíveis alvos inimigos”. Contudo, tal não se deve pela sua “inerente bondade humana”.

“Tudo tem o seu tempo”, disse, rematando que apenas a união, o trabalho árduo diário e a ética moral podem garantir a vitória do país”.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: UE pede à China que convença a Rússia a respeitar o direito internacional

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