Empresa deteta dois 'navios fantasma' perto do Nord Stream
Rússia e Ocidente acusam-se mutuamente das explosões detetadas no gasoduto.
© Reuters
Mundo Nord Stream
Uma empresa norte-americana detetou no sábado dois 'navios fantasma' perto dos gasodutos Nord Stream, que ficaram danificados em setembro em circunstâncias ainda por apurar e no meio de várias acusações de sabotagem entre Ocidente e Rússia.
À revista WIRED, a empresa SpaceKnow, que analisa dados recolhidos por satélite, encontrou duas embarcações perto dos gasodutos pouco antes das fugas de gás.
"Encontramos alguns 'navios fantasma' [do inglês 'dark ships'], embarcações de tamanho significativo, que passavam por essa área de interesse. Tinham os faróis desligados, o que significa que não havia informação sobre o seu movimento, e estavam a tentar manter a sua localização e informação geral escondidas", contou Jerry Javornicky, CEO e fundador da SpaceKnow.
Segundo a WIRED, os navios têm entre 95 e 130 metros de comprimento. Javornicky conta que os navios foram encontrados graças à utilização de uma série de algoritmos, que recolheu imagens de satélite arquivadas ao longo de 90 dias.
Dos 25 navios que navegaram perto das fugas no Nord Stream, a SpaceKnow detetou dois sem identificação automática correta, que é obrigatório ter segundo o direito internacional.
Vários países, especialmente a Suécia e a Dinamarca, estão a investigar o incidente nos gasodutos que faziam a ligação pelo Mar do Norte entre a Rússia e a Alemanha. As infraestruturas estão no centro das tensões diplomáticas entre a Rússia e a União Europeia, com Moscovo a acabar por cortar drasticamente o fornecimento de gás natural para Berlim.
Já várias investigações referem que terão ocorrido explosões no gasoduto da empresa russa Gazprom, mas a Rússia continua a negar qualquer envolvimento - acusando antes os Estados Unidos de sabotagem.
A SpaceKnow acrescentou ainda que entregou as imagens encontradas à NATO, a pedido da aliança transatlântica. A NATO não confirmou que recebeu os materiais da empresa, mas uma fonte no interior da organização confirmou à WIRED o pedido.
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