Rússia por detrás de qualquer "incidente com mísseis", acusa Podolyak

O responsável apontou que "a Rússia transformou a parte oriental do continente europeu num campo de batalha imprevisível", acusando aquele país de ter disparado o míssil que vitimou duas pessoas, na Polónia.

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© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images

Daniela Filipe
16/11/2022 09:25 ‧ 16/11/2022 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, acusou a Rússia de ser a culpada pelo “incidente com mísseis” que, na noite de terça-feira, vitimou duas pessoas na Polónia, junto à fronteira com a Ucrânia

“Na minha opinião, é necessário aderir a apenas uma lógica. A guerra começou e está a ser travada pela Rússia. A Rússia ataca massivamente a Ucrânia com mísseis de cruzeiro", começou por dizer, em comunicado citado pela agência Reuters, depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, ter considerado ser improvável que o míssil que atingiu aquele território da NATO tenha sido disparado a partir da Rússia, uma vez que “há informações preliminares que contestam isso".

Podolyak foi, por isso, taxativo: “A Rússia transformou a parte oriental do continente europeu num campo de batalha imprevisível. Intenção, meios de execução, riscos, escalada - tudo isso é apenas a Rússia. E não pode haver outra explicação para quaisquer incidentes com mísseis", atirou.

Já na rede social Twitter, o responsável reiterou que "apenas a Rússia é responsável pela guerra na Ucrânia e pelos ataques em massa com mísseis", complementando que "apenas a Rússia está por detrás dos riscos crescentes para os países fronteiriços".

"Não há necessidade de procurar desculpas e adiar decisões. Está na hora de a Europa 'fechar o céu' [fechar o espaço aéreo]. Também para a sua própria segurança", indicou.

Na terça-feira, Podolyak considerou, na mesma rede social, que a queda de mísseis russos em território polaco não se tratou de "um acidente", mas de um ataque deliberado "da Federação Russa, disfarçado de 'erro'".

"Isto acontece quando o mal fica impune e os políticos se empenham na 'pacificação' do agressor", escreveu, lançando que "o regime terrorista da Rússia deve ser parado".

Recorde-se que o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Polónia confirmou, na noite de terça-feira, que um "projétil de fabrico russo" atingiu o território deste país da NATO junto à fronteira com a Ucrânia, causando dois mortos.

Nessa linha, a NATO concordou, esta quarta-feira, apoiar a investigação lançada pela Polónia.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Zelensky avisa G20: "Há um Estado terrorista entre vós"

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