O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, provocou a Ucrânia ao sugerir que o fim da invasão russa é responsabilidade da Ucrânia.
"Não que eu queira culpar Zelensky ou a Ucrânia, mas agora está tudo nas mãos na Ucrânia, se não quiserem que um grande número de pessoas morra. É difícil, mas se querem isso [fim da guerra], têm de parar. Porque caso contrário irá terminar com a completa destruição” do país, afirmou Lukashenko, num vídeo divulgado nas redes sociais.
As declarações do presidente bielorrusso criaram polémica, principalmente entre o Governo ucraniano.
Lukashenko urged Ukraine to "stop" and said it would otherwise be "destroyed completely.
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) November 24, 2022
Theater of absurd. pic.twitter.com/2FcN8uVtSd
O conselheiro do ministério dos assuntos internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, já reagiu e considerou que os comentários de Lukashenko são um "teatro do absurdo”.
Recorde-se que, na quarta-feira, a capital da Ucrânia foi um dos principais alvos da última onda de ataques a instalações de energia, que causaram os maiores estragos nas infraestruturas críticas do país em nove meses de guerra. Milhões de pessoas ficaram sem luz e foram necessários apagões de emergência para economizar e permitir reparações, essenciais com a chegada do inverno.
Também ontem o Parlamento Europeu declarou a Rússia como um "estado patrocinador do terrorismo”, considerando que os ataques militares contra alvos civis e contra a infraestrutura de energia, hospitais, escolas e abrigos ucranianos violam o direito internacional.
A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa na crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo a ONU, o conflito gerou mais de seis milhões de deslocados internos (pessoas que foram obrigadas a fugir do local habitual de residência, mas que permaneceram no país).
Também provocou mais de 7,8 milhões de refugiados, que se encontram maioritariamente em países europeus.
Leia Também: Parlamento Europeu declara Rússia como Estado patrocinador do terrorismo