Um ano depois da morte de Cecilia, Alessandro ainda chama pela mãe
Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
© Getty Images
Alessandro tem dois anos e meio e às vezes ainda chama pela mãe, assassinada na noite de 20 de novembro de 2021, em Reggio Emilia, Itália, pelo ex-namorado.
O menino é uma vítima, tal como foi a mãe, Cecilia Hazana Loayza, de 34 anos, de mais um femicídio.
Hoje, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o La Repubblica conta o caso de Ale e Cecilia, recordando que estas tragédias têm rostos. Alguns deles bastante novos. Não são apenas números.
O jornal italiano conta que a mãe de Cecilia, Dina, tinha chegado recentemente a Itália para ajudar a filha que tinha acabado de dar à luz Alessadro. No Peru, deixou outros cinco filhos e o marido a gerir a quinta da família.
Desde aí, nunca mais quis voltar ao seu país. Quer confirmar que é feita Justiça por Cecilia, que foi bombeira no Peru e cuidava de idosos em Itália.
Apesar de se ter separado de Cecilia pouco depois do nascimento de Alessandro, o pai do menino, Corrado Lolli, de 52 anos, confessa que sofreu um grande "trauma" e que o homicídio da ex-companheira "mudou tudo".
Tanto Dina como Corrado esperam ansiosamente pela sentença do julgamento que começou em outubro deste ano. Exigem que Mirko Genco, de 26 anos, seja condenado a pena máxima.
Durante uma audiência, Mirko confessou que "é um monstro", mas por "falhas" que garante não serem dele. Desde criança presenciou cenas de violência na família e a sua mãe também foi morta, em 2015, quando tinha 18 anos.
Antes de matar Cecilia, com quem teve uma curta relação, Mirko perseguiu-a e até foi condenado por isso. Mas estava livre, com pena suspensa.
A 20 de novembro de 2021, Mirko atacou a ex-namorada. Violou-a duas vezes quando esta já estava inconsciente e esfaqueou-a até à morte. Além de lhe tirar a vida, deixou todos os que a amavam completamente arrasados.
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