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Um ano depois da morte de Cecilia, Alessandro ainda chama pela mãe

Assinala-se hoje o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.

Um ano depois da morte de Cecilia, Alessandro ainda chama pela mãe
Notícias ao Minuto

12:36 - 25/11/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Violência contra as Mulheres

Alessandro tem dois anos e meio e às vezes ainda chama pela mãe, assassinada na noite de 20 de novembro de 2021, em Reggio Emilia, Itália, pelo ex-namorado.

O menino é uma vítima, tal como foi a mãe, Cecilia Hazana Loayza, de 34 anos, de mais um femicídio.

Hoje, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o La Repubblica conta o caso de Ale e Cecilia, recordando que estas tragédias têm rostos. Alguns deles bastante novos. Não são apenas números.

O jornal italiano conta que a mãe de Cecilia, Dina, tinha chegado recentemente a Itália para ajudar a filha que tinha acabado de dar à luz Alessadro. No Peru, deixou outros cinco filhos e o marido a gerir a quinta da família.

Desde aí, nunca mais quis voltar ao seu país. Quer confirmar que é feita Justiça por Cecilia, que foi bombeira no Peru e cuidava de idosos em Itália.

Apesar de se ter separado de Cecilia pouco depois do nascimento de Alessandro, o pai do menino, Corrado Lolli, de 52 anos, confessa que sofreu um grande "trauma" e que o homicídio da ex-companheira "mudou tudo". 

Tanto Dina como Corrado esperam ansiosamente pela sentença do julgamento que começou em outubro deste ano. Exigem que Mirko Genco, de 26 anos, seja condenado a pena máxima.

Durante uma audiência, Mirko confessou que "é um monstro", mas por "falhas" que garante não serem dele. Desde criança presenciou cenas de violência na família e a sua mãe também foi morta, em 2015, quando tinha 18 anos.

Antes de matar Cecilia, com quem teve uma curta relação, Mirko perseguiu-a e até foi condenado por isso. Mas estava livre, com pena suspensa.

A 20 de novembro de 2021, Mirko atacou a ex-namorada. Violou-a duas vezes quando esta já estava inconsciente e esfaqueou-a até à morte. Além de lhe tirar a vida, deixou todos os que a amavam completamente arrasados.

Leia Também: Criança vítima de violência viu mãe ser assassinada. Nunca foi protegida

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