AIEA envia especialistas à central nuclear de Zaporíjia na próxima semana
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciou hoje que vai enviar uma missão de especialistas à central nuclear Sul da Ucrânia, na próxima semana, para verificar a segurança, após concluir a análise em Chernobyl.
© Getty
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O anunciou foi feito pelo diretor-geral de AIEA, Rafael Grossi, num comunicado, no qual também confirma que as quatro centrais nucleares ucranianas ativas, que tinham perdido a ligação à energia externa, estão novamente conectadas à rede elétrica.
"A missão à Sul da Ucrânia vai ter lugar na próxima semana", disse Grossi, lembrando que a AIEA já tem uma equipa destacada na central de Zaporijia, atualmente controlada pela Rússia.
Hoje, a Ucrânia confirmou à AIEA que as suas quatro centrais nucleares conseguiram voltar a ligar-se à rede geral após a vaga de ataques russos que provocou até um "grande apagão" na vizinha Moldova.
Num comunicado, a agência destacou que a central nuclear de Zaporijia informou na quinta-feira que a ligação externa da instalação havia sido restabelecida.
As quatro centrais nucleares da Ucrânia -- Zaporijia, Rivne, Sul da Ucrânia e Khmelnitsky -- foram desconectadas da rede elétrica, na sequência de uma onda de bombardeamentos lançados na quarta-feira pelas Forças Armadas Russas, segundo a operadora ucraniana, Energoatom.
A Energoatom alertou que a instalação de Zaporijia estava a funcionar com geradores a diesel.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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