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Colômbia lança ofensiva contra o narcotráfico nas fronteiras

A Colômbia vai enviar 400 soldados para combater o narcotráfico na fronteira com Peru, Brasil e Equador, face ao aumento de homicídios e deslocações internas de população nos últimos meses, anunciou o governo.

Colômbia lança ofensiva contra o narcotráfico nas fronteiras
Notícias ao Minuto

06:43 - 29/11/22 por Lusa

Mundo Colômbia

Seis secções "com 400 soldados e oficiais estarão na linha da frente das operações (...) para bloquear os corredores do tráfico de droga dos países do sul da Colômbia", disse o Ministro do Interior, Alfonso Prada, aos jornalistas no final de uma reunião do conselho de segurança.

O Presidente colombiano, Gustavo Petro, convocou a reunião com responsáveis das forças armadas, depois de recentes combates entre grupos armados, que causaram 18 mortes e mais de uma dezena de famílias deslocadas, no departamento de Putumayo, no sudoeste do país, na fronteira com Equador e Peru.

Os confrontos opuseram a frente "Carolina Ramirez", uma fação separatista da antiga guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a um outro grupo armado, os "Comandos de la Frontera".

A frente "Carolina Ramirez" pertence à maior fação que se retirou do pacto de paz que desarmou as FARC em 2017, de acordo com a imprensa local.

Bogotá indicou que os dois grupos lutam pelo controlo das rotas do tráfico de droga nas florestas entre a Colômbia e o Equador.

"Contactámos países vizinhos" porque vamos combater o narcotráfico e estes grupos armados "com o exército, mas também através da cooperação internacional", disse Prada.

O governo também contactou as autoridades do Panamá e da Venezuela, onde o cartel colombiano de drogas "Clã do Golfo" e o grupo guerrilheiro colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN), respetivamente, estão ativos.

O ELN, considerado o último grupo guerrilheiro ativo colombiano, e o governo Petro retomaram as conversações de paz, em Caracas, em 21 de novembro, depois de as negociações terem sido suspensas em 2019.

Ao tomar posse, no início de agosto, Petro afirmou que tinha chegado a "altura de uma nova convenção internacional que aceite que a guerra contra a droga falhou", defendendo uma "política forte de prevenção do consumo" nos países desenvolvidos.

Leia Também: EUA exprimem apoio à construção de Colômbia "forte na paz"

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