As autoridades instauraram 7.329 casos de inquérito criminal, o que se traduz numa redução de 1.473 casos nos meses em análise, em comparação com o período homólogo de 2021, de acordo com um comunicado daquele departamento governamental.
Neste balanço da criminalidade, as autoridades verificaram "uma tendência de redução em número na maioria dos crimes", sendo que a "redução mais significativa respeita à criminalidade violenta, o que leva a concluir que o ambiente da segurança de Macau se mantém estável".
Nos crimes violentos, como rapto, homicídio, abuso sexual de criança, sequestro, tráfico e venda de drogas, roubo, violação, fogo e ofensa grave à integridade física, as autoridades registaram 114 casos no período em análise, contra 202 em igual período do ano passado, numa redução de 43,6%.
No entanto, as forças de segurança destacaram, entre janeiro e setembro, uma subida dos casos de abuso sexual de crianças com o registo de 23 casos, um aumento de 53,3%.
"Os dados mostram que as situações em que as vítimas conhecem os ofensores através de aplicações de chat têm aumentado", indicou o relatório das autoridades.
O documento sublinhou ainda que, nos primeiros três trimestres do corrente ano, as autoridades registaram 90 casos do crime de extorsão, ou seja, mais 18 casos em relação aos primeiros nove meses de 2021, com um acréscimo de 25%.
"Entre estes, o tipo de crime de 'nude chat' na internet representou a maior percentagem, registando 58 casos, o que traduz um aumento de 14 casos".
Uma redução significativa foi verificada, segundo os novos dados, na imigração ilegal para o território, com os departamentos competentes a detetarem, entre janeiro e setembro, 151 imigrantes em situação ilegal, "representando uma descida de 116 indivíduos e 43,4% em comparação com o período homólogo do ano passado".
Dos 151 imigrantes ilegais, 138 eram provenientes do Interior da China e os restantes 13 de outros países, acrescentou o relatório.
No documento, salientaram-se ainda "mudanças em Macau e nas regiões vizinhas, causadas pela situação epidémica do novo tipo de coronavírus, em especial pelo surto epidémico de 18 de junho", que gerou "um severo impacto socioeconómico e para a vida da população de Macau, e todos os setores da sociedade", incluindo o jogo.
O jogo "é uma indústria pilar de Macau e o seu desenvolvimento está intimamente relacionado com o ambiente de segurança da sociedade em Macau, pelo que as autoridades da segurança continuam a avaliar o possível impacto de vários fatores de instabilidade no desenvolvimento da indústria", referiu.
O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do produto interno bruto (PIB) de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.
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