Congresso do Peru recebe novo pedido de destituição do presidente
O Congresso do Peru comunicou ao chefe de Estado, Pedro Castillo, que foi apresentada uma nova moção de destituição por alegada "incapacidade moral permanente", anunciou o presidente do Parlamento, José Williams.
© Carlos Garcia Granthon/Fotoholica Press/LightRocket via Getty Images
Mundo Pedro Castillo
Durante a sessão plenária de terça-feira, Williams disse que na próxima sessão plenária, cuja data ainda não foi confirmada, os parlamentares terão de ser consultados sobre a aceitação ou não da moção na ordem do dia.
O regulamento interno indica que a moção requer pelo menos um voto a favor de pelo menos 40% dos membros do Congresso para ser admitida a discussão, neste caso 52 votos em 130 membros do Congresso.
Se for admitida, o debate e a votação da moção devem ter lugar "infalivelmente na próxima" sessão plenária da legislatura, onde, para ser aceite e Castillo destituído, deve ser aprovado por pelo menos 87 legisladores.
A nova moção de destituição foi promovida pelo legislador independente Edward Málaga e apresentada na terça-feira com as assinaturas de 67 membros do Congresso, representando os partidos da oposição Fuerza Popular, Alianza para el Progreso, Renovación Popular, Avanza País e Somos Peru.
Numa conferência de imprensa posterior, Málaga disse que esta iniciativa é "o primeiro passo para a realização de eleições gerais" no país, onde os ramos executivo e legislativo têm estado envolvidos numa luta política, desde o início da atual administração, no final de julho do ano passado.
Esta é a terceira tentativa da oposição de retirar Castillo do cargo. Em mais de 100 páginas, os deputados argumentam ser "inaceitável que um Presidente exerça funções no meio de fortes indícios de corrupção, indignidade grave, ou questões morais e éticas".
Este é o nono processo deste tipo que um chefe de Estado peruano enfrenta desde 1992 e o terceiro ao qual Castillo, alvo de uma primeira moção, em dezembro passado, altura em não foi sequer admitida para processamento, e um segundo processo em Março passado, quando recebeu apenas 55 votos a favor.
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