"A lógica da tomada de decisões deve ser alterada", disse o ministro, que acrescentou: "A lógica da tomada de decisões deve ser alterada", disse o ministro para acrescentar que "as decisões devem ser tomadas antes que ocorram as tragédias, não para responder a essas tragédias".
Kuleba afirmou que, desde o início da guerra, os seus aliados da NATO aumentaram o envio de material militar em reposta aos "novos crimes" cometidos pela Rússia, e reivindicou a necessidade de tomarem a iniciativa para evitar novas escaladas militares russas.
O chefe da diplomacia de Kiev exprimia-se durante a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO que hoje termina em Bucareste, Roménia, e após se congratular com o compromisso dos governos aliados em prosseguir o apoio à Ucrânia -- uma ex-república soviética à semelhança da Rússia -- até ao restabelecimento da sua integridade territorial.
Kuleba sublinhou a importância da instrução militar de soldados ucranianos em diversos países da NATO mas reivindicou a necessidade de esses programas de treino serem acompanhados pelo envio de mais armamento.
"Mesmo o soldado mais bem treinado" é vulnerável caso não possua equipamentos adequados, afirmou o ministro, que se referiu aos sistemas de defesa antiaéreos, carros de combate fabricados segundo padrões da NATO e outros veículos blindados como as necessidades mais urgentes do Exército ucraniano.
Ao ser questionado sobre a quantidade de armas que a Ucrânia necessita para vencer a guerra, Kuleba disse que "não se pode calcular exatamente" e recusou fixar um prazo para a concretização do objetivo do seu Governo de recuperar, militarmente ou através da diplomacia, todo o território anexado pela Rússia desde 2014.
"O mais importante foi ter escutado dos aliados que estão preparados para estar ao nosso lado o tempo que seja necessário", concluiu o ministro, que considerou não se dever aguardar pelo fim da guerra para iniciar o processo de adesão da Ucrânia à NATO.
Na sua perspetiva, a suspensão das aspirações da Ucrânia em integrar a NATO, manifestadas na cimeira da Aliança que decorreu em Bucareste em 2008, constituiu um "erro estratégico" que tornou possível a invasão pela Rússia.
"Consideramos que deve ser iniciada a avaliação da candidatura da Ucrânia e pensamos que os erros que se cometeram no passado podem ser corrigidos em 2023", disse Kuleba.
Moscovo sempre considerou que a eventual adesão do país vizinho à NATO constituiria uma "linha vermelha" que não deveria ser ultrapassada.
A próxima cimeira da NATO está agendada para julho de 2023 em Vilnius, capital da Lituânia, outra ex-república soviética.
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