"Jiang Zemin era um firme defensor do envolvimento internacional. O seu mandato foi marcado por progresso económico substancial e pela adesão bem-sucedida da China à Organização Mundial do Comércio", destacou Guterres num comunicado, afirmando ainda ter ficado "profundamente triste" ao saber da morte do ex-Presidente chinês.
Sob a liderança de Zemin, lembrou o líder da ONU, a China acolheu a histórica 4.ª Conferência Mundial sobre a Mulher em 1995 e, em setembro de 2000, participou da Cimeira do Milénio das Nações Unidas, em Nova Iorque.
"Jamais esquecerei o calor humano e a franqueza de Jiang Zemin, bem como a excelente cooperação que tive com ele enquanto primeiro-ministro de Portugal para assegurar a transição suave da transferência para a China da administração de Macau", recordou ainda Guterres, dirigindo as mais "sinceras condolências" à família de Zemin e ao Governo e povo da China.
O Conselho de Segurança da ONU, hoje reunido, cumpriu um minuto de silêncio em memória do antigo governante chinês.
A China é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e detém poder de veto
Jiang Zemin, que liderou a China após os protestos pró-democracia de Tiananmen, em 1989, até ao início da década de 2000, morreu hoje em Xangai, aos 96 anos, no seguimento de uma leucemia e falência múltipla de órgãos.
Jiang ascendeu ao poder um dia depois de tanques do exército terem posto fim ao movimento estudantil da Praça Tiananmen, na noite de 03 para 04 de junho de 1989, e acompanhou a transformação do país mais populoso do mundo numa potência mundial.
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