"É necessário entender que o projeto de lei, que ainda não entrou em vigor, afeta os interesses da população de língua russa da Moldova", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
"Na Moldova mais de 80% dos habitantes falam russo até certo ponto e, mais de 220 mil pessoas possuem cidadania russa. Alguém levou essas coisas em consideração?", acrescentou Zakharova, que ainda apelou à liderança da Moldova para não tomar decisões que levassem ao agravamento da já tensa situação entre os dois estados.
Por outro lado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Moldova, Daniel Voda, afirma que as queixas da diplomacia de Moscovo são tiradas de contexto.
"O novo Código Eleitoral prevê que se houver pedidos de impressão de cédulas em idiomas minoritários, serão atendidos. Espero que a embaixada russa em Chisinau tenha informado Moscovo que quem precisa de assistência no exercício dos direitos democráticos, a receba de maneira profissional e eficiente", disse Voda.
O porta-voz no ministério moldavo acrescentou ainda que "assim como em todas as eleições na Moldova reconhecidas por observadores internacionais como livres e justas, a Moldova mantém os altos padrões para a organização de pesquisas eleitorais porque se preocupa com a democracia".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros em Chisinau também afirma que a impressão de cédulas em romeno é uma decisão interna da Moldova, com base numa série de consultas, inclusive com organizações internacionais. O novo Código Eleitoral da Moldova foi adotado pelo Parlamento, em segunda leitura, a 1 de dezembro, segundo a TVR Moldova.
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