"Foram dados passos muito discretos, destinados a orientar a cooperação bilateral para o cumprimento dos acordos de migração e também noutras áreas prioritárias entre os dois países", disse, na quarta-feira, Miguel Díaz-Canel, de acordo com o portal noticioso CubaDebate, citado pela agência de notícias Europa Press.
O líder cubano destacou a assistência técnica oferecida pelos EUA durante o incêndio num depósito de petróleo na zona industrial de Matanzas, bem como a ajuda material na sequência de um furacão em setembro.
"O nosso objetivo continua a ser promover laços mais amplos com esse país e o povo, que já inclui quase dois milhões de pessoas de origem cubana ou descendentes", acrescentou, antes de sublinhar que a vontade de construir uma "relação de respeito e mutuamente benéfica" é conhecida da administração de Joe Biden.
No entanto, Díaz-Canel salientou que o bloqueio económico continua a definir as relações bilaterais, usado "como uma arma de coação cruel, ilegítima e imoral" e que dificulta "o desempenho" da economia cubana.
"Com o apoio de dezenas de milhões de dólares do orçamento federal, (...) os EUA guiam, financiam e até treinam indivíduos para cometer atos violentos contra Cuba", criticou Díaz-Canel, ao prestar contas da administração deste ano no Palácio das Convenções de Havana.
Neste sentido, o dirigente lamentou que a economia cubana "esteja a atravessar uma situação complexa, devido ao efeito combinado da intensificação do bloqueio, da pandemia e da inflação internacional".
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