Harvard nomeia primeira presidente negra na história da universidade
Claudine Gay é a primeira pessoa negra e apenas a segunda mulher a liderar aquela que é considerada por muitos como a melhor universidade do mundo.
© Getty Images
Mundo Harvard
A cientista Claudine Gay será a primeira pessoa negra a liderar a conceituada Universidade de Harvard, e será apenas a segunda mulher presidente nos 386 anos de história da instituição.
Fundada em 1636, Harvard é considerada por muitos como a melhor universidade do mundo e uma das mais prestigiadas, sendo também a instituição de ensino superior onde foram formados mais prémios Nobel (mais de 160 laureados).
Gay, uma cientista social que dirigiu a faculdade de artes e ciências de Harvard, substituirá o atual presidente, Larry Bacow, em julho do próximo ano. Será a 30.ª presidente da instituição.
"Estou absolutamente honrada pela confiança que a direção colocou em mim. Estou também incrivelmente honrada pela perspetiva de suceder ao presidente Bacow em liderar esta notável instituição", disse a docente, citada pela NBC News, num evento em que foi anunciada a sua eleição.
"At Harvard we have a duty to lean in and engage, and to be of service to the world." - President-elect Claudine Gay
— Harvard University (@Harvard) December 16, 2022
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A futura presidente tem já um longo currículo na instituição. Filha de imigrantes provenientes do Haiti, Claudine Gay estudou em Harvard, fez um doutoramento em gestão pública e, mais tarde, lecionou ciência política, administração pública e estudos africanos e afroamericanos.
No seu discurso, Gay vincou o momento surreal de passar a aluna, com poucas posses, para presidente, e salientou que espera ver uma instituição mais inclusiva e com um maior impacto "nos assuntos que importam".
"A ideia de uma torre de marfim, que é o passado, não é o futuro da academia. Nós não existimos fora da sociedade, mas sim dentro dela. Isso quer dizer que Harvard tem um dever de interagir e ser um serviço para o mundo", vincou.
Segundo um membro do comité de eleição do presidente de Harvard, numa carta à comunidade de Harvard, Gay estava entre cerca de 600 nomeados para o cargo, sendo que a procura por um novo presidente começou em julho.
A Universidade de Harvard, para além da mais prestigiante, é uma das mais caras dos Estados Unidos. A propina para estudar em Harvard pode superar os 50 mil euros por ano.
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