Erdogan pede vigilância ao seu governo face ao "perigo" do ativistmo LGBT
O Presidente turco, o islamista Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que a Turquia "não precisa" do ativismo LGBT e apelou aos membros do seu governo para "estarem vigilantes" face a este "perigo".
© Alexis Mitas/Getty Images
Mundo Turquia
"No nosso país há correntes de pervertidos que constituem uma ameaça maciça para os nossos filhos", disse Erdogan a um fórum de mulheres em Istambul.
"Um conceito chamado LGBT não está no nosso livro. Mas está no livro da CHP (oposição social-democrata)? Sim. Está no livro de outros cachorros da oposição? Sim. Eles marcham juntos? Sim, não precisamos de tal coisa", disse.
O chefe de Estado instou "os ministérios a estarem ainda mais vigilantes contra este grande perigo", referindo-se ao movimento dos direitos dos gays e lésbicas.
A homossexualidade é legal na Turquia desde 1858 e, embora continue a ser um enorme tabu em grandes setores da sociedade, existem movimentos ativistas, festivais de cinema e dias homossexuais anuais.
Nos primeiros anos do seu governo, o partido islâmico AKP, de Erdogan, fomentou uma atmosfera de debate aberto, nos quais se realizaram as primeiras marchas de orgulho gay em Istambul, mas desde 2013 que o executivo voltou a proibir tais manifestações.
Tanto Erdogan, como os partidos da oposição, já entraram este mês no que parece ser uma pré-campanha eleitoral para as eleições parlamentares e presidenciais agendadas para o próximo mês de junho.
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