"Sete pessoas foram detidas, algumas delas foram interrogadas e libertadas", disse um empregado da estação de rádio Ndeke Luka à agência noticiosa russa TASS, citado pela Europa Press.
A delegação diplomática russa na República Centro-Africana confirmou na sexta-feira que uma explosão perto da sua sede tinha ferido seriamente o diretor do centro cultural Casa Russa, Dimitri Siti.
O porta-voz da embaixada russa, Vladislav Ilyin, disse que Siti se encontrava num "estado grave" após sofrer uma "concussão" e ter perdido sangue, mas já está fora de perigo, depois de ter sido transferido para a Rússia, na segunda-feira.
O fundador do Grupo Wagner, Yevgeni Prigozhin, apontou a França como responsável pelo ataque, e o gabinete de imprensa do Grupo disse que Siti já tinha recebido uma encomenda "enviada do Togo em novembro com uma fotografia do seu filho, que vive em França".
O país africano está mergulhado numa grave crise após a retirada da candidatura presidencial de 2020 do ex-Presidente François Bozizé, que regressou ao país no final de 2019 para se candidatar novamente à presidência, cargo que abandonou em 2014, face à revolta dos rebeldes séléka, predominantemente muçulmanos.
A eliminação da candidatura de Bozizé levou à criação da aliança armada Coligação de Patriotas pela Mudança (CPC) - atualmente liderada pelo antigo Presidente - que desencadeou um conflito armado no qual o exército da RCA foi também apoiado por mercenários russos do Grupo Wagner.
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