Um médico, de 60 anos, confessou no julgamento ter abusado sexualmente de, pelo menos, 32 mulheres durante consultas num centro de saúde em Zaragoça, em Espanha.
Antes do início do julgamento, que iria decorrer esta terça-feira, o homem e as vítimas conseguiram chegar a um acordo, evitando uma pena mais dura para o agressor.
As vítimas aceitaram que o agressor fosse condenado a um ano de prisão por cada uma delas e ao pagamento de uma indemnização no valor de 2.000 euros. O jornal El Mundo avança que as mulheres não queriam "relembrar o que tinham sofrido", evitando que o profissional de saúde pudesse ser condenado a 60 anos de prisão.
Pedro Hernández estava acusado de 26 crimes de abuso sexual, seis pelo mesmo crime na forma tentada e um de intrusão, porque o médico não tinha especialização em ginecologia para efetuar determinadas práticas às pacientes.
O jornal espanhol avança que o Ministério Público pediu seis anos e meio de prisão efetiva para o arguido, no entanto, depois de este reconhecer todos os factos e as partes terem chegado ao acordo, o homem poderá ver a sua pena ser reduzida para menos de dois anos.
Recorde-se que Pedro Hernández foi detido pela Polícia Nacional no dia 6 de maio de 2021 num centro de saúde, depois de várias denúncias que davam conta que o médico abusava sexualmente das pacientes com a desculpa da necessidade de efetuar exames ginecológicos. Além disso, fazia comentários inapropriados sobre o corpo das mulheres, convidava-as para sair e até chegou a beijar uma delas sem consentimento.
O médico estava autorizado apenas a exercer funções na especialidade de medicina geral.
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