"[O Pentágono] continuará a aguardar. Não recebemos nenhum pedido do DHS neste momento para fornecer qualquer apoio específico", referiu o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder.
Milhares de migrantes chegaram à fronteira nas últimas semanas, com a expectativa de que o Título 42 seja suspenso, regra pela qual Washington tem vindo a expulsar imigrantes indocumentados de forma expedita, sob o pretexto da pandemia de covid-19.
Na segunda-feira, o Supremo Tribunal paralisou o encerramento daquele regulamento, que estava previsto para esta quarta-feira, noticiou a agência Efe.
"Todos nós temos interesse em garantir que a situação [na fronteira] permaneça segura para todos os envolvidos", vincou Ryder.
O porta-voz do Departamento de Defesa observou que, por enquanto, apenas tem tropas que apoiam o trabalho do gabinete da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).
Estes militares estão em tarefas de "deteção e fiscalização" e não em tarefas de "aplicação da lei", enquanto acompanham a situação na fronteira, acrescentou.
As restrições à imigração, frequentemente referidas como Título 42, foram postas em prática pelo ex-Presidente Donald Trump, em março de 2020, e impediram centenas de milhares de imigrantes de procurar asilo nos Estados Unidos nos últimos anos.
Os defensores da imigração tentaram impedir a utilização do Título 42 para limitar quem pode pedir asilo, dizendo que a política vai contra as obrigações norte-americanas e internacionais das pessoas que fogem para os Estados Unidos para escapar à perseguição.
E argumentaram que coisas como vacinas e tratamentos para a covid-19 tornaram a política antiquada.
Por outro lado, os Estados conservadores que pressionam para manter os limites aos requerentes de asilo, estabelecidos durante o início da pandemia do novo coronavírus, apelaram ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos.
Argumentaram que o levantamento do Título 42 levará a uma vaga de migrantes para os seus estados e fará recair sobre os serviços governamentais, como os cuidados de saúde ou a aplicação da lei.
Também acusam o governo federal de não ter qualquer plano para lidar com um aumento de migrantes.
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