Djibuti. Libertados soldados que tinham sido aprisionados em outubro
Seis soldados do Djibuti detidos por um grupo rebelde na sequência do ataque ao seu quartel em 07 de outubro foram libertados, anunciaram hoje os rebeldes e o Governo etíope, que participou nas negociações para a sua libertação.
© Reuters
Mundo Nairobi
No ataque à base de Garabtisan, no norte deste pequeno país do Corno de África, foram mortos sete soldados e outros seis dados como desaparecidos.
O Ministério da Defesa do Djibuti responsabilizou então a ala militar da Frente para a Restauração da Unidade e da Democracia (FRUD) do ataque, qualificando a organização como um "grupo terrorista".
"Não querendo de forma alguma perpetuar o sofrimento e as preocupações das famílias dos soldados detidos e não tendo a vocação de deter cidadãos do Djibuti 'ad vitam aeternam' [locução latina que significa 'para a vida eterna'], tomámos a decisão de devolver os militares em nosso poder às autoridades etíopes", lê-se num comunicado da FRUD, enviado à agência France-Presse.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, país vizinho que participou nas negociações para a libertação dos militares, confirmou em comunicado que os soldados "foram entregues ao Governo do Djibuti", sublinhando que os dois países "estão a trabalhar em conjunto para fortalecer a cooperação em questões de paz e segurança".
Com a sua área de recrutamento entre a comunidade Afar, no norte do Djibuti, a FRUD lançou uma rebelião armada contra o Governo em 1991, alegando querer defender os interesses dos Afar contra os Issa, a outra grande comunidade étnica do país.
O grupo cindiu-se e, embora a FRUD integra a coligação governamental UMP, que apoia o Presidente Ismail Omar Guelleh, a sua ala militar continua empenhada na resistência armada.
Localizado numa das rotas marítimas mais movimentadas do mundo, onde o mar Vermelho encontra o golfo de Aden, o Djibuti abriga a única base militar permanente dos Estados Unidos da América (EUA) em África, com cerca de 4.000 soldados que apoiam as operações de luta contra o terrorismo no continente, designadamente na Somália.
O país acolhe ainda a maior base militar francesa no exterior, com 1.500 soldados, e tem no seu território militares chineses, japoneses e italianos.
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