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"Falso". Eurodeputada Isabel Santos nega envolvimento no 'Qatargate'

Caso de corrupção tem abalado o Parlamento Europeu.

"Falso". Eurodeputada Isabel Santos nega envolvimento no 'Qatargate'
Notícias ao Minuto

19:47 - 21/12/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Isabel Santos

Depois de o jornal Inevitável ter avançado que a eurodeputada socialista Isabel Santos estaria envolvida no 'Qatargate', o caso de corrupção que tem abalado a Parlamento Europeu, a eurodeputada socialista nega o envolvimento nos apoios à Organização Não Governamental (ONG) de Panzeroti.

"Quanto à minha ligação à Fight Impunity, reafirmo que apenas fiz parte do quadro de honra dessa associação, no qual figuravam Denis Mukwege, Prémio Nobel da Paz 2018; Bernard Cazeneuve, ex-Primeiro-Ministro de França; Emma Bonino, ex-Comissária Europeia; Frederica Mogherini, ex-Comissária Europeia, entre outras personalidades de reconhecido prestígio e serviço público", lê-se no comunicado enviado por Isabel dos Santos, a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

Segundo a eurodeputada "é completamente falso que tenha avalizado, apoiado ou incentivado financiamento seja a que organização for nomeadamente à associação em causa", acrescentando que "além disso, tanto quanto é do meu conhecimento, o Parlamento Europeu não atribuiu qualquer verba à Fight Impunity".

Após ter tomado conhecimento pela imprensa do envolvimento do Presidente da Fight Impunity num caso de presumível corrupção em investigação pelas autoridades judiciais, Isabel dos Santos esclarece ainda que pediu "na manhã do dia 11 de Dezembro a saída do referido quadro de honra e a respetiva retirada do site da organização", tal como já tinha sido avançado pelo Público.

"No que diz especificamente respeito ao projeto-piloto de criação de um observatório de combate à impunidade, tanto quanto é do meu conhecimento ainda não foram sequer abertas candidaturas pela Comissão Europeia para a implementação do aludido projeto e por isso não poderia ter sido atribuído qualquer financiamento, fosse a que organização fosse", informou ainda a eurodeputada socialista.

A presidente do Parlamento Europeu, Von der Leyen, já garantiu que os serviços da Comissão "estão a verificar o registo de transparência, em que são publicadas todas as reuniões de membros do colégio e membros dos seus gabinetes com representantes de grupos de interesses", para se certificarem de que a onda de choque não atinge o executivo comunitário e garantir que os contactos com o Qatar não são suspeitos.

A presidente admitiu que mesmo a Comissão Europeia mantém contactos regulares com o Qatar para tratar de "questões globais, como as alterações climáticas, [...] questões regionais, como a paz e estabilidade no Afeganistão e no Médio Oriente, e em questões bilaterais, como a diversificação [energética], para nos afastarmos da Rússia e dos combustíveis fósseis russos".

O caso de Eva Kaili, que está desde 11 de dezembro em prisão preventiva, acusada de "corrupção, lavagem de dinheiro e de participar numa organização criminosa" com ligação ao Qatar, vem colocar o Parlamento Europeu perante o imperativo de rever os seus códigos de conduta.

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