A expressão da tempestade tem sido quase sem precedentes, estendendo-se desde os Grandes Lagos, perto do Canadá, até ao Rio Grande, ao longo da fronteira com o México.
Cerca de 60% da população norte-americana enfrentou algum tipo de aviso meteorológico e as temperaturas desceram drasticamente abaixo do normal desde o leste das Montanhas Rochosas até aos Apalaches, de acordo com o Serviço Meteorológico Nacional.
Milhares de viajantes ficaram em terra em resultado de quase dois mil cancelamentos de voos, confirmados e esperados, devido ao "ciclone bomba" - fenómeno relacionado com uma rápida queda da pressão atmosférica numa tempestade forte - que se desenvolveu a partir da região dos Grandes Lagos.
Um total de 1.707 voos domésticos e internacionais foram cancelados desde o ínício da tempestade, de acordo com o site de rastreio FlightAware.
A tempestade foi particularmente intensa em Buffalo, uma cidade a norte do estado de Nova Iorque, com ventos ciclónicos e queda de neve que paralisou os esforços de resposta de emergência.
A governadora de Nova Iorque, Kathy Hochul, informou que quase todos os camiões dos bombeiros da cidade ficaram retidos no sábado.
Entretanto, a tempestade, gerada por uma frente de ar ártico, começou hoje a abrandar depois de causar, à sua passagem, temperaturas abaixo de zero do Canadá ao Texas, assim como fortes nevões e ventos fortes que afetaram a rede elétrica e a aviação. Hoje de manhã, cerca de 200.000 habitações e escritórios ainda estavam sem energia elétrica.
Em várias cidades da Costa Leste e mesmo na Florida os termómetros atingem mínimos que não eram vistos desde o Natal de 1983.
A tempestade movia-se hoje lentamente para leste à medida que enfraquecia, embora as temperaturas permanecessem geladas e abaixo do normal nas zonas leste, centro e sul do país.
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