Entre as pessoas resgatadas estão "23 mulheres, algumas das quais grávidas, cerca de trinta menores desacompanhados e três bebés, o mais novo com apenas três semanas", indicou a organização não-governamental (ONG), com sede em Marselha, no sudeste de França.
Os migrantes foram resgatados entre a noite de segunda-feira e hoje, em águas internacionais dependentes da área de busca e salvamento de Malta, próximo da Líbia, acrescentou a ONG.
Estavam num "barco pneumático preto sobrecarregado, numa total escuridão", de acordo com a SOS Méditerranée.
Os migrantes foram atendidos a bordo do navio por membros da ONG, bem como da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
Por enquanto, o Ocean Viking "continua a patrulhar" e "ainda é muito cedo" para saber onde poderá desembarcar as pessoas resgatadas, disse à agência de notícias AFP Meryl Sotty, porta-voz da SOS Méditerranée.
Em meados de novembro, o Ocean Viking atracou em Toulon, no sudeste da França, com 230 migrantes resgatados entre a Líbia e a Itália, após ficar três semanas a vagar em busca de um porto seguro.
O Governo francês concordou em receber o barco "em caráter excecional" após a recusa de Itália, situação que causou tensões diplomáticas entre os dois países.
Colocados numa "área de espera" fechada, a maioria dos sobreviventes foi libertada por ordem judicial, ou porque eram menores desacompanhados, ou porque foram admitidos em França na condição de asilados.
Desde o início do ano, 1.998 migrantes desapareceram no Mediterrâneo, incluindo 1.369 no Mediterrâneo central, a rota migratória mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Todos os anos, milhares de pessoas que fogem de conflitos ou da pobreza tentam chegar à Europa atravessando o Mediterrâneo a partir da Líbia, cuja costa fica a cerca de 300 quilómetros de Itália.
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