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Rússia abate "objeto não identificado" perto de base aérea

A defesa antiaérea russa destruiu hoje um objeto não identificado perto de Engels, a 600 quilómetros da fronteira ucraniana, anunciou o governador regional, três dias após um ataque à base aérea local ter provocado três mortos.

Rússia abate "objeto não identificado" perto de base aérea
Notícias ao Minuto

11:04 - 29/12/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"O sistema de defesa aérea foi ativado no território do distrito de Engels. Um objeto não identificado foi destruído. Os serviços operacionais foram enviados para o local. Não há qualquer ameaça à segurança dos residentes", disse Roman Busargin, citado pela agência estatal TASS.

As autoridades russas disseram que destruíram, na segunda-feira, um drone (aeronave não tripulada) ucraniano que ia atacar a base de Engels, mas que três militares tinham morrido ao serem atingidos por destroços do engenho.

O governador de Saratov, a região onde se situa a base, disse que estavam a circular informações inexatas sobre a necessidade de evacuar Engels e pediu calma à população.

"Por favor, mantenham-se calmos. Não é necessária qualquer evacuação da cidade", escreveu Busargin na rede social Telegram.

A notícia sobre um possível novo ataque à base de Engels surgiu no dia em que a Rússia voltou a bombardear as infraestruturas de energia na Ucrânia.

Os militares ucranianos disseram que a defesa aérea conseguiu neutralizar 54 dos 69 mísseis disparados pelas forças russas.

A capital ucraniana, Kiev, foi um dos alvos e o presidente da câmara, Vitali Klitschko, disse que cerca de metade da cidade ficou sem energia elétrica.

"Quarenta por cento dos consumidores da capital estão sem eletricidade após o ataque russo", escreveu Klitschko na rede social Telegram, citado pela agência francesa AFP.

Klitschko disse também que o fornecimento de água e o aquecimento urbano estavam a funcionar normalmente, exceto em edifícios sem energia cujas caldeiras funcionam com eletricidade.

Após a Rússia ter obtido sucessos militares numa fase inicial da invasão da Ucrânia, iniciada 24 de fevereiro deste ano, as forças ucranianas lançaram uma contraofensiva nos últimos meses, depois de terem recebido armamento dos seus aliados ocidentais.

Com as suas forças agora circunscritas a zonas do sul e leste da Ucrânia, a Rússia tem bombardeado infraestruturas energéticas ucranianas, estando a ser acusada de usar o frio como arma de guerra contra civis.

Esta tática russa foi denunciada recentemente pela ONU, que alertou para o risco que correm milhões de civis na Ucrânia, onde as temperaturas são muito baixas no inverno, bem como para a possibilidade de uma nova onda de refugiados na Europa.

Mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados recentes das Nações Unidas.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em dez meses de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre o curso da guerra não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Leia Também: Kyiv volta a descer às estações de metro para fugir aos ataques

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