"Espero que o novo governo sob a sua liderança continue a linha de fortalecer a cooperação russo-israelita em todos os domínios em benefício dos nossos povos e no interesse de garantir a paz e a segurança na região do Médio Oriente", disse Putin numa mensagem a Netanyahu, segundo um comunicado do Kremlin.
"Na Rússia, agradecemos muito o seu contributo pessoal de muitos anos no fortalecimento das relações amigáveis entre os nossos países", referiu o líder do Kremlin, a quem Netanyahu se referiu como "amigo" várias vezes no passado.
O Estado judaico conta mais de um milhão de cidadãos da ex-União Soviética e Israel mostrou e fez valer em diferentes ocasiões os laços especiais entre os dois países, como no diferendo com a Síria, onde a Rússia tem tropas.
Também face à guerra na Ucrânia, após o início da ofensiva militar russa, em fevereiro, Israel assumiu uma postura cautelosa em relação a Moscovo, procurando manter a neutralidade.
O parlamento israelita (Knesset) ratificou hoje o novo governo liderado por Benjamin Netanyahu, formado com os seus parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita.
O governo mais à direita da história de Israel foi aprovado com o voto favorável de uma maioria de 63 deputados dos seis partidos que compõem a coligação.
Após a votação, Netanyahu prestou juramento como nono primeiro-ministro de Israel, o primeiro nascido no país desde a declaração da independência de 1948.
Benjamin Netanyahu já liderou o governo entre 1996 e 1999, e novamente entre 2009 e 2021, num total de cerca de 15 anos, o que faz dele o primeiro-ministro há mais tempo no cargo em Israel.
Com a posse de hoje, Netanyahu iniciou o seu sexto mandato, depois de ter passado o último ano e meio como líder da oposição e enquanto enfrentava um julgamento por corrupção sob acusações de fraude, suborno e quebra de confiança.
O novo executivo deverá reunir-se pela primeira vez ainda esta noite.
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