Putin saúda regresso de Netanyahu e quer reforçar cooperação com Israel

O Presidente russo, Vladimir Putin, saudou hoje o regresso de Benjamin Netanyahu como chefe do Governo israelita, e manifestou a esperança de reforçar a cooperação com Israel "em todos os domínios".

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Lusa
29/12/2022 18:43 ‧ 29/12/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Espero que o novo governo sob a sua liderança continue a linha de fortalecer a cooperação russo-israelita em todos os domínios em benefício dos nossos povos e no interesse de garantir a paz e a segurança na região do Médio Oriente", disse Putin numa mensagem a Netanyahu, segundo um comunicado do Kremlin.

"Na Rússia, agradecemos muito o seu contributo pessoal de muitos anos no fortalecimento das relações amigáveis entre os nossos países", referiu o líder do Kremlin, a quem Netanyahu se referiu como "amigo" várias vezes no passado.

O Estado judaico conta mais de um milhão de cidadãos da ex-União Soviética e Israel mostrou e fez valer em diferentes ocasiões os laços especiais entre os dois países, como no diferendo com a Síria, onde a Rússia tem tropas.

Também face à guerra na Ucrânia, após o início da ofensiva militar russa, em fevereiro, Israel assumiu uma postura cautelosa em relação a Moscovo, procurando manter a neutralidade.

O parlamento israelita (Knesset) ratificou hoje o novo governo liderado por Benjamin Netanyahu, formado com os seus parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita.

O governo mais à direita da história de Israel foi aprovado com o voto favorável de uma maioria de 63 deputados dos seis partidos que compõem a coligação.

Após a votação, Netanyahu prestou juramento como nono primeiro-ministro de Israel, o primeiro nascido no país desde a declaração da independência de 1948.

Benjamin Netanyahu já liderou o governo entre 1996 e 1999, e novamente entre 2009 e 2021, num total de cerca de 15 anos, o que faz dele o primeiro-ministro há mais tempo no cargo em Israel.

Com a posse de hoje, Netanyahu iniciou o seu sexto mandato, depois de ter passado o último ano e meio como líder da oposição e enquanto enfrentava um julgamento por corrupção sob acusações de fraude, suborno e quebra de confiança.

O novo executivo deverá reunir-se pela primeira vez ainda esta noite.

Leia Também: AO MINUTO: PNS é "ativo fundamental"; Segunda censura em 9 meses

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