Hamas "não permitirá" que Israel cruze "linhas vermelhas"
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) alertou sexta-feira que não permitirá que "o governo de ocupação neofascista cruze as linhas vermelhas" e salientou que impedirá as autoridades israelitas de violarem os direitos dos palestinianos e os seus locais sagrados.
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Mundo Isarel
O porta-voz do Hamas, Hazem Qasem, sublinhou que o programa político do novo Executivo liderado por Benjamin Netanyahu em Israel, que integra vários partidos de extrema-direita e ultraortodoxos, "confirma o seu fascismo contra o povo palestiniano e os seus lugares sagrados".
Qasem denunciou, em comunicado, que "a expansão dos assentamentos e a aplicação da anexação da Cisjordânia" aparece na ordem do dia, ao mesmo tempo em que alertou para o perigo que estas ações podem causar uma "explosão".
O porta-voz enfatizou ainda que "esta realidade requer acelerar a construção de uma ampla frente de resistência" e pediu à Autoridade Palestiniana "que anuncie a sua disponibilidade para se juntar a uma ação nacional conjunta perante a ascensão do extremismo sionista".
Também o governo palestiniano criticou o novo Executivo israelita e denunciou que as suas "linhas políticas" têm como objetivo "anexações", acrescentando que "são violentas, racistas e incitadoras à limpeza étnica".
Apelou ainda à comunidade internacional para que "não dê credenciais ou legitimidade" a uma "deplorável plataforma de governo".
"Urgentemente, a comunidade internacional deve garantir a proteção do povo palestiniano perante a campanha israelita de desapropriação e deslocamento, colonização e anexação, limpeza étnica e perseguição", salientou o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano, destacando que "o povo palestiniano não recusa a sua legítima procura pela liberdade e autodeterminação".
Depois das eleições de 01 de novembro e de semanas de negociações com partidos ultraortodoxos e de extrema-direita, Benjamin Netanyahu tomou hoje posse como chefe do Governo mais à direita da história de Israel.
Netanyahu regressou ao poder após pouco mais de um ano e meio na oposição e afirmou na quarta-feira, numa série de mensagens a sua conta na rede social Twitter, que "o povo judeu tem o direito exclusivo e inquestionável sobre todas as áreas da terra de Israel" e anunciou que promoverá a expansão do colonatos na Cisjordânia, ilegais ao abrigo do direito internacional.
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