Bento XVI. Comunidade hindu apresenta condolências
A comunidade hindu apresentou hoje condolências pela morte, aos 95 anos, do papa emérito Bento XVI, considerando-o "uma potência intelectual com uma fé inabalável na moralidade e na ética" e alguém que defendia a paz e o desarmamento nuclear.
© Reuters
Mundo Bento XVI
O líder norte-americano/hindu Rajan Zed, numa declaração feita hoje no estado do Nevada, nos Estados Unidos, disse que a comunidade hindu está "triste" com a morte o papa emérito, "um advogado da paz e do desarmamento nuclear", bem como "um teólogo estimado" e "um escritor prolífico".
"[Bento XVI] era uma potência intelectual com uma fé inabalável na moralidade e na ética", disse Rajan Zed.
O presidente da Sociedade Universal do Hinduísmo destacou "o compromisso com a melhoria da condição humana" levado a cabo por Bento XVI, e a defesa dos direitos dos deslocados, migrantes, refugiados, enfatizando que "Deus é amor".
A promoção do diálogo inter-religioso, uma distribuição mais justa da riqueza, as posições contra o consumismo excessivo e formas antiéticas de capitalismo, o apoio a causas ambientais foram outros temas que Zed atribuiu à atuação de Bento XVI, um papa elogiado pela comunidade hindu por ser "um grande defensor humanitário e dos direitos humanos".
"Seus esforços espalham compaixão e amor", referiu.
O papa emérito Bento XVI, que morreu hoje com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, a dois meses de comemorar oito anos no cargo.
Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, e foi Papa entre 2005 e 2013.
Ratzinger tornou-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.
Os abusos sexuais a menores por padres e o "Vatileaks", caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram casos que agitaram o seu pontificado.
Bento XVI ordenou uma inspeção às dioceses envolvidas, classificou os abusos como um "crime hediondo" e pediu desculpa às vítimas.
Durante a viagem a Portugal, em maio de 2010, Bento XVI disse que "o perdão não substitui a justiça".
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