Ucrânia 'virou-se contra' Makiivka e o número de baixas russas é incerto
Informações anteriores indicavam que o alvo teria sido uma escola que estaria a servir de base militar para as tropas de Moscovo, dando conta de 400 mortos.
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Mundo Ucrânia/Rússia
Um ataque levado a cabo pelas tropas de Kyiv em Makiivka, cidade na região de Donetsk controlada pelas forças russas, está envolto em mistério. Isto porque, segundo a Ucrânia, 400 soldados russos terão morrido no bombardeamento, e outros 300 ficaram feridos. No entanto, o Ministério de Defesa da Rússia disse, esta segunda-feira, que 63 militares perderam a vida no bombardeamento.
Em comunicado, o organismo deu conta de que o ataque foi realizado com recurso a “seis projéteis lançados por foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) fabricados nos EUA, na base provisória de uma unidade das Forças Armadas russas", perto de Makiivka.
“As instalações de defesa aérea russas abateram dois projéteis HIMARS. Famílias e amigos de militares [mortos] serão totalmente assistidos e apoiados”, complementou o Ministério, na rede social Telegram.
De notar ainda que informações anteriores indicavam que o alvo teria sido uma escola que estaria a servir de base militar para as tropas de Moscovo.
O Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos para os Crimes de Guerra da Ucrânia também confirmou que as Forças Armadas ucranianas realizaram vários ataques de artilharia contra a cidade de Donetsk. Contudo, o número de baixas russas é (bastante) mas elevado.
Segundo o Ministério da Defesa daquele país, cerca de 400 soldados russos morreram, e outros 300 ficaram feridos, como consequência do uso “descuidado de aparelhos de aquecimento, descuido com as medidas de segurança, fumo em local não identificado", diz a BBC.
De acordo com Igor Girkin, um comentador pró-russo, a maioria das vítimas eram recrutas recentes, e não soldados que escolheram lutar por Moscovo. A munição estaria também armazenada no local atingido, agravando a situação.
Recorde-se ainda que a capital da Ucrânia foi, esta segunda-feira de madrugada, alvo de um novo ataque aéreo, após um dia de Ano Novo marcado por dezenas de bombardeamentos russos que fizeram pelo menos quatro mortos e 50 feridos em Kyiv e noutros pontos do país.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.826 civis desde o início da guerra e 17.595 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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