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PM britânico vai negociar com sindicatos a partir de segunda-feira

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, chamou os sindicatos do setor público para negociarem a partir da próxima semana, ao mesmo tempo que defendeu a introdução de serviços mínimos durante greves.  

PM britânico vai negociar com sindicatos a partir de segunda-feira
Notícias ao Minuto

14:36 - 06/01/23 por Lusa

Mundo Sindicatos

Em declarações à margem de uma visita a uma escola em Londres, o chefe do Governo revelou que foram feitos convites a todos os líderes sindicais para retomarem negociações na segunda-feira. 

"Queremos ter uma conversa adulta e honesta com todos os líderes sindicais sobre o que é responsável, o que é razoável e o que é acessível para o nosso país no que diz respeito a salários. (...) É por isso que convidámos todos para essas negociações na segunda-feira", afirmou aos jornalistas em declarações transmitidas na estação pública BBC.

"Tenho esperança que essas negociações sejam construtivas e que possamos encontrar uma forma de ultrapassar isto", acrescentou.

Sunak reconheceu o papel dos sindicatos na sociedade e a "liberdade de fazerem greve" mas defendeu que esse direito "deve ser equilibrado com o direito de as pessoas normais viverem as suas vidas sem perturbações sigificativas".

Justificou assim a proposta de introdução de serviços mínimos em algumas atividades do setor público, o que a maioria dos sindicatos condenou na quinta-feira como sendo "legislação anti-greve".

Sindicatos, o Executivo Conservador e respetivas empresas públicas e privadas encontram-se num braço de ferro há várias semanas sobre remuneração e condições de trabalho em setores como os transportes, saúde, educação e correios. 

Cerca de 80% dos serviços ferroviários estão paralisados entre hoje e sábado devido a uma greve 48 horas do sindicato dos Trabalhadores dos Caminhos-de-Ferro, Marítimos e Transportes (RMT). 

O Governo já tinha anunciado na quinta-feira disponibilidade para iniciar negociações sobre aumentos salariais no setor público em 2023 e 2024, apesar de ter recusado ceder às reivindicações dos trabalhadores para repor o poder de compra perdido devido à inflação superior a 10 por cento. 

O RMT está a exigir um aumento salarial de cerca de 07%, enquanto o Royal College of Nursing (enfermeiros) pediu uma melhoria de 19%, embora nas últimas horas tenha dado a entender que poderá aceitar menos.  

"Não há negociações ou reuniões há mais de um mês, mas na próxima semana vamos reunir-nos com funcionários governamentais dos transportes, empresas ferroviárias e da Network Rail. Esperamos que o governo tenha algo de novo a dizer", afirmou hoje o secretário-geral do RMT, Mike Lynch.

Motoristas de ambulâncias anunciaram greves para os dias 11 e 23 de janeiro e os enfermeiros para 18 e 19 de janeiro, mostrando que a contestação laboral vai continuar.

Entretanto, a maioria dos sindicatos condenaram na quinta-feira o que classificaram de "legislação anti-greve" a proposta do Governo de introduzir serviços mínimos em algumas atividades do setor público. 

Sunak reconheceu o "papel dos sindicatos na nossa sociedade e na liberdade de fazerem greve".

"Mas também acredito que isso deve ser equilibrado com o direito das pessoas normais viverem as suas vidas sem perturbações significativas", vincou. 

Leia Também: Primeiro-ministro britânico promete reduzir inflação para metade em 2023

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