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ONU alerta para crimes contra a humanidade no Sudão do Sul

A missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (MINUSS) divulgou hoje que crimes contra a humanidade foram provavelmente cometidos no país desde dezembro, num conflito armado que é acompanhado por massacres e execuções contra civis.

ONU alerta para crimes contra a humanidade no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

16:37 - 08/05/14 por Lusa

Mundo Nairobi

"Tendo em vista o caráter generalizado e sistemático dos ataques (contra civis) e as informações que sugerem uma coordenação e planeamento, existem motivos razoáveis para crer que crimes contra a humanidade (...) estão a ocorrer no Sudão do Sul", informou a MINUSS através de um relatório.

Segundo a missão da ONU, "os dois lados" envolvidos no conflito são culpados de "violações particularmente graves dos direitos humanos e do direito humano internacional em grande escala", entre as quais "mortes extrajudiciais, desaparecimentos forçados, violações e outros crimes sexuais, prisões e detenções arbitrárias".

O relatório identificou também "ataques a civis que não participam das hostilidades, violência com intenção de espalhar o terror na população civil e ataques contra hospitais ou contra a (...) missão de manutenção da paz".

"Os civis não são apenas apanhados pela violência, são deliberadamente visados, de acordo com critérios étnicos", segundo o documento da MINUSS.

Todas as partes envolvidas no conflito, segundo a ONU, cometeram violações e crimes sexuais contra as mulheres de grupos étnicos diferentes.

A rivalidade política entre o Presidente do país, Salva Kiir, e o ex-vice-presidente, Riek Machar, deu origem ao conflito, que reavivou velhos rancores entre as etnias dinka e nuer, as duas principais comunidades do país.

Este relatório da MINUSS é publicado na véspera de um encontro previsto entre Kiir e Machar, em Adis Abeba, destinado a fazer avançar as negociações de paz e encontrar uma solução política duradoura para o conflito.

"Apesar da assinatura do acordo de cessar-fogo a 23 de janeiro, os combates continuam e há pouca esperança em que os civis vejam alguma trégua na violência incessante", referiu o documento da missão da ONU no Sudão, que foi criado como nação independente em 2011.

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