"Nós, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), manifestamos absoluta solidariedade ao povo brasileiro, ao presidente Lula da Silva, presidente eleito pelo povo, continental, líder internacional, líder desse povo e (pedimos) que seja respeitado o que foi decidido", disse o primeiro vice-presidente do partido chavista, Dioscado Cabello, em conferência de imprensa.
O primeiro vice-presidente do PSUV criticou "a direita fascista, a direita bolsonarista, a direita pró-imperialista e racista" ao "não quer e não admitir que o povo do Brasil se pronunciou e elegeu" Lula da Silva como presidente.
Dioscado Cabelo afirmou que os acontecimentos de domingo em Brasília são um "plano da direita no mundo inteiro" dirigido pelo governo dos Estados Unidos e pediu aos países da região que "liguem todos os alarmes".
Na opinião do número dois do chavismo, a vitória de Lula "é a melhor coisa" que poderia ter acontecido na região, tendo em conta que seu governo "gera equilíbrio na América".
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.
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