Chavistas expressam "solidariedade" a Lula perante "plano de direita"

O partido que está no poder na Venezuela expressou hoje "absoluta solidariedade" ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva após apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro terem vandalizado edifícios públicos na capital do Brasil.

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© Andressa Anholete/Getty Images

Lusa
09/01/2023 22:35 ‧ 09/01/2023 por Lusa

Mundo

Brasil

"Nós, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), manifestamos absoluta solidariedade ao povo brasileiro, ao presidente Lula da Silva, presidente eleito pelo povo, continental, líder internacional, líder desse povo e (pedimos) que seja respeitado o que foi decidido", disse o primeiro vice-presidente do partido chavista, Dioscado Cabello, em conferência de imprensa.

O primeiro vice-presidente do PSUV criticou "a direita fascista, a direita bolsonarista, a direita pró-imperialista e racista" ao "não quer e não admitir que o povo do Brasil se pronunciou e elegeu" Lula da Silva como presidente.

Dioscado Cabelo afirmou que os acontecimentos de domingo em Brasília são um "plano da direita no mundo inteiro" dirigido pelo governo dos Estados Unidos e pediu aos países da região que "liguem todos os alarmes".

Na opinião do número dois do chavismo, a vitória de Lula "é a melhor coisa" que poderia ter acontecido na região, tendo em conta que seu governo "gera equilíbrio na América".

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.

Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.

Leia Também: MP investigará empresa de comunicação por divulgar 'fake news' no Brasil

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