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Invasões em Brasília são "afronta à democracia brasileira", diz CPLP
O presidente da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau e da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cipriano Cassamá, condenou os acontecimentos registados domingo em Brasília, considerando tratar-se de uma "afronta à democracia brasileira".
© Lusa
Mundo CPLP
Em comunicado, divulgado à imprensa, e a que Lusa teve hoje acesso, Cipriano Cassamá refere que os acontecimentos constituem um "extravasar dos limites do direito e da liberdade de manifestação e de expressão e uma afronta à democracia brasileira e às suas instituições".
O presidente da Assembleia Parlamentar da CPLP e do parlamento guineense recordou que as eleições presidenciais, das quais Lula da Silva saiu vencedor, foram consideradas "livres, justas e transparentes" e "prova da maturidade política e democrática do povo brasileiro".
Cipriano Cassamá condenou os acontecimentos e manifestou também "solidariedade para com o Congresso brasileiro", que, salientou, terá "capacidade de ultrapassar o mais rapidamente possível as sequelas deixadas por aquele ato", esperando que a ordem democrática seja imediatamente reposta".
Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo das sedes dos três poderes, numa operação de que resultaram cerca de 1.500 detidos.
A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.
Leia Também: Portugal apela ao empenho da CPLP no instituto da língua portuguesa
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