Violações disciplinares. China puniu 592 mil funcionários governamentais
A China puniu 592 mil funcionários do governo em 2022 por violações disciplinares, divulgou hoje a Comissão Central de Inspeção e Disciplina, o braço anticorrupção do Partido Comunista Chinês (PCC), na sua conta oficial na rede social WeChat.
© Reprodução/ CGTN
Mundo China
Entre os castigados há 53 quadros com cargos "de nível ministerial ou provincial", detalhou a agência.
No ano passado, o ex-ministro da Justiça chinês, Fu Zhenghua, foi condenado a pena de morte suspensa por aceitar subornos, após uma investigação liderada pelo poderoso órgão anticorrupção.
O ex-vice-ministro chinês da Segurança Pública Sun Lijun também foi acusado, no ano passado, de aceitar subornos, e recebeu a mesma sentença.
A punição com pena de morte suspensa é frequente no país asiático em casos de corrupção e significa que, se o arguido não cometer novos crimes e comportar-se adequadamente durante o período estipulado, poderá ver a sua pena comutada para prisão perpétua.
Entre os casos que receberam mais atenção em 2022 está também o de Tong Daochi, ex-chefe do Partido Comunista na província insular de Hainan, no extremo sul do país, e que recebeu a mesma sentença de Sun e Fu.
Um caso de corrupção foi também registado na própria Comissão Central de Inspeção e Disciplina: o seu ex-inspetor Dong Hong foi condenado a pena de morte suspensa, em janeiro passado, por aceitar subornos.
Após ascender ao poder, em 2012, o atual líder chinês, Xi Jinping, lançou uma campanha anticorrupção, hoje considerada a mais persistente e ampla na história da China comunista.
A campanha levou à punição de milhões de funcionários e expôs grandes casos de corrupção, mas alguns críticos consideram que está também a ser usada para afastar rivais políticos de Xi.
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