Pai desempregado faz uma só refeição diária para que família possa comer
Wayne Baker, de 38 anos, "chorou" quando teve de recorrer ao Banco Alimentar para alimentar a sua família, após perder o emprego na construção civil.
© Beam
Mundo Fome
A crise económica que tem assolado o mundo nos últimos anos fez danos em diferentes famílias, obrigadas a limitar os seus orçamentos e cortar nas despesas. No Reino Unido, mais especificamente em Essex, Wayne Baker, de 38 anos, passou a comer apenas uma refeição por dia, de forma a poupar dinheiro para alimentar a sua companheira, Zoe, de 32 anos, e o filho, Cody, de 12 anos.
"Não quero muito, mas quero algo melhor que isto", disse Baker na angariação de fundos online que organizou, para poder lançar-se de volta ao mercado de trabalho.
Isto após ter perdido o emprego na construção civil, em novembro de 2022, quando a empresa para a qual trabalhava foi reduzida de uma equipa de 48 pessoas para uma equipa de 22.
Baker diz ter perdido cerca de 19 quilos nos últimos dois meses, como consequência das limitações que teve de colocar na sua dieta para conseguir colocar comida na mesa para a sua companheira e o seu filho.
"Certifico-me de que o meu filho faça três refeições por dia e a minha companheira, porque não estou a trabalhar, então acho que não mereço comer tanto quanto os outros. Até porque ele vai para a escola e ela para o trabalho, então precisam de energia", argumentou o britânico, citado pelo jornal Mirror, que diz também que, durante três semanas, viveram sem aquecimento em casa, por não poder pagar.
"Como perdi o meu emprego na primeira semana de novembro e o aniversário do meu filho era no final desse mês, e o Natal estava a chegar, foi difícil perder o emprego naquele momento. O Natal foi muito mau, para ser sincero, porque não pudemos dar ao nosso filho todos os presentes que ele queria, mas foi bastante compreensivo", lamentou o britânico, que falou sobre a "vergonha" que sentiu ao ter de recorrer ao Banco Alimentar.
"A minha companheira estava bastante hesitante porque não estávamos a dar coisas, mas sim a tirar. Quando eu fui, foi difícil de engolir, acho que chorei da primeira vez, senti-me bastante envergonhado ao pensar: 'A sério, cheguei a esse ponto?'”, continuou.
Desde que começou uma conta na plataforma de 'crowdfunding' Beam, o pai já arrecadou cerca de 600 libras (cerca de 680 euros) em apenas oito dias. Fundos estes que serão usados para pagar coisas como o seu cartão do Esquema de Certificação de Habilidades de Construção (CSCS), um computador para continuar a formação e poder candidatar-se a empregos e botas de segurança.
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