Na conversa em tom "cordial", os dois líderes abordaram "as principais questões que estão no centro da agenda europeia e internacional", referiu o governo italiano num comunicado.
Divergências sobre a gestão dos navios de organizações não-governamentais (ONG) que resgatam migrantes no mar Mediterrâneo têm gerado tensões diplomáticas entre os dois países.
A Itália, tal como a Grécia, Malta e Chipre, apontou recentemente o dedo às organizações humanitárias cujos "navios privados atuam em total autonomia", acusando-as de encorajarem a migração.
Em novembro passado, o Governo francês concordou receber o navio humanitário 'Ocean Viking' da SOS Méditerranée com "caráter excecional" em Toulon, no sul de França, com 230 migrantes resgatados entre a Líbia e a Itália a bordo, após ter ficado três semanas em alto mar porque o executivo de Meloni lhe recusou um porto seguro.
Esta crise franco-italiana reavivou o debate sensível sobre a solidariedade entre os países da União Europeia (UE) em matéria de migrações, quando continua estagnada a reforma apresentada há dois anos pela Comissão Europeia.
"A Itália e a França defendem os seus interesses nacionais, mas ambos sabemos que é preciso encontrar uma solução comum", disse Meloni, depois de garantir que não tinha qualquer problema em reunir-se com Macron para abordar o assunto.
Além disso, o telefonema entre Meloni e Macron ocorreu na mesma semana em que Espanha e França vão realizar uma cimeira bilateral em Barcelona, onde vão discutir questões como a imigração ou a guerra da Ucrânia, além de assinarem um tratado de amizade e cooperação reforçada.
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