A decisão foi comunicada em conferência de imprensa após uma reunião do Executivo de Estocolmo tendo o primeiro-ministro anunciado "a primeira" medida sobre o abastecimento de sistemas de artilharia pesada (Archer) para a Ucrânia, país invadido pela Rússia.
A Suécia, que abandonou em 2021 a doutrina que impedia o envio de armamento para a Ucrânia, vai também mandar para Kyiv 50 blindados de combate CV-90, assim como mísseis antitanque NLAW (portáteis).
O anúncio de Estocolmo ocorre na mesma altura em que vários países "ocidentais" decidem abastecer a Ucrânia com material de guerra. O apoio militar é decisivo, disse o primeiro-ministro da Suécia porque pode alterar "as iniciativas sobre as tomadas de posição" no terreno no próximo inverno.
Com um alcance de mais de 30 quilómetros, e com alguns obuses adaptados para excederem os 50 quilómetros, o sistema de artilharia Archer, produzido pelo gigante de armas sueco BAE Systems, pertence à mesma classe que os canhões franceses (Caesar).
Colocado num camião todo-o-terreno, a peça de artilharia de campanha Archer é capaz de disparar vários obuses em poucos segundos, e depois mover-se para uma outra posição, tornando-o eficaz na destruição da artilharia inimiga.
O grupo de contacto para a Ucrânia, que reúne cinquenta países liderados pelos Estados Unidos, reúne-se sexta-feira na base norte-americana de Ramstein, Alemanha, para coordenar a ajuda militar à Ucrânia.
Nos últimos dias, o Reino Unido anunciou o envio de veículos Challenger 2; a França deve abastecer a Ucrânia com os carros ligeiros AMX-10 RC e a Holanda mostrou disposição para enviar baterias terra-ar Patriot (fabrico norte-americano).
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