"As mulheres podem ter tudo?" BBC com título polémico na saída de Ardern
Muitos internautas consideraram este título como "absurdo", "ignorante" e mesmo "misógino". O canal já reagiu.
© Reuters
Mundo Jacinda Ardern
A saída de Jacinda Ardern dos comandos do executivo da Nova Zelândia, anunciada esta semana, chocou o mundo - e muitas foram as personalidades que reconheceram a importância que a governante teve não só no futuro do país como também no desbravar de caminho para as mulheres na política e na cena internacional.
Contudo, a BBC World ficou debaixo de fogo devido ao título de uma notícia sobre o tema. "Jacinda Ardern resigna: As mulheres podem mesmo ter tudo?", escreveu a cadeia britânica, numa questão que 'incendiou' o Twitter.
Muitos internautas consideraram este título como "absurdo", "ignorante" e mesmo "misógino". E tal levou a uma resposta do meio de comunicação: uma fonte da BBC adiantou à Agência France-Presse (AFP) que o canal reconheceu "rapidamente que a manchete original não era adequada para a história", tendo-a mudado. "Também excluímos o tweet associado", acrescentou.
A sexist misogynistic disgusting headline from @BBCWorld in describing a strong inspirational woman leader. The #BBC owes PM Ardern and all women an apology for this pic.twitter.com/vmG4vVpnL7
— Kaajal Ramjathan-Keogh (@kaajal1) January 20, 2023
Recorde-se que Jacinda Ardern disse que terminará o seu mandato o mais tardar a 7 de fevereiro, tendo sido reeleita há menos de dois anos com uma maioria absoluta. Quando foi eleita em 2017, tornou-se na mulher mais nova a assumir o cargo de primeira-ministra, na altura, aos 37 anos.
Ardern governou durante dois dos períodos mais tumultuosos da história recente da Nova Zelândia, tendo sido a líder responsável por abolir a venda e posse de armas de fogo depois do massacre islamofóbico numa mesquita em Christchurch, em 2019.
Jacinda Ardern liderou também a resposta do país na Oceânia contra a Covid-19, que aproveitou o seu isolamento natural para se ver livre da pandemia no espaço de meses.
A líder do país protagonizou ainda um momento algo histórico em 2018, ao tornar-se das poucas chefes de Governo mundiais a darem à luz a uma criança enquanto estavam à frente de um executivo.
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