Com a recente estimativa populacional das autoridades a apontar para cerca de 1.411,75 milhões de habitantes no final de 2022, a percentagem avançada por Wu Zunyou colocaria o número de casos em 1.129,4 milhões.
O número supera a estimativa avançada há pouco mais de uma semana por um estudo da Universidade de Pequim, que apontava para cerca de 900 milhões de infeções até 11 de janeiro.
Numa mensagem publicada na rede social Weibo, equivalente ao Twitter, Wu baseou-se nestes dados para prever que o risco de uma segunda onda de infeções nos próximos dois ou três meses é "muito pequeno".
Sobre o risco das "cinco mil milhões de deslocações" esperadas para o primeiro novo ano lunar dos últimos anos sem restrições anti-covid, o epidemiologista reconheceu que o número de infeções pode aumentar em algumas áreas, mas descartou uma "repercussão de grande escala".
Nas últimas semanas, tem sido questionada a veracidade dos números avançados pelas autoridades chinesas, que reconhecem a morte de cerca de 73 mil pessoas com covid em hospitais entre 08 de dezembro e 19 de janeiro.
Porém, este balanço contrasta com outras estimativas, nomeadamente da empresa britânica de análise da área da saúde Airfinity, que avançou que o número de mortes diárias por covid-19 na China poderia alcançar 36 mil durante as férias do novo ano.
No início de dezembro, as autoridades chinesas puseram fim a quase três anos da política de 'covid zero', que incluía testes em massa, quarentena em instalações designadas pelo Governo, a utilização de aplicações de rastreamento de contactos e o encerramento das fronteiras do país.
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