Numa mensagem divulgada na conta pessoal na rede social Telegram, Yermak acrescentou que só com mais tanques e material bélico é que será possível pôr cobro à ocupação russa da Crimeia e que o "inimigo pague pelos crimes".
"É por isso que cada tanque capaz de combater deve estar na frente [de combate], porque esta não é apenas a frente ucraniana, mas sim a frente da civilização contra a barbárie", acrescentou, salientando que o objetivo comum da democracia é "garantir um desenvolvimento estável".
"O nosso objetivo comum é lutar contra a autocracia para garantir um desenvolvimento estável e uma ordem mundial. Sem uma vitória ucraniana nada disto será possível", concluiu Yermak.
Em causa está o envio de tanques 'Leopard' 2 para apoiar o exército ucraniano, pretensão que tem sido negada pela Alemanha e que levou hoje o Kremlin a denunciar o "nervosismo" por parte da NATO e aliados, referindo-se à falta de acordo na reunião de sexta-feira passada do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia.
"Todos estes malabarismos jurídicos que vemos, a troca de declarações entre as capitais europeias...Vemos como algumas capitais europeias, incluindo Varsóvia, ameaçam isolar Berlim internacionalmente. Tudo isto mostra como cresce, o nervosismo entre os membros da Aliança Atlântica", disse o porta-voz do Kremlin.
Dmitri Peskov referiu-se diretamente às declarações do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Arkadusz Mularczyk, que, em declarações à agência noticiosa ucraniana UNIAN, que a Alemanha, "ao negar-se a enviar os tanques (Leopard 2) cai no isolamento internacional".
Domingo, o novo ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, recordou que a decisão sobre o envio para a Ucrânia dos blindados é da competência de Scholz.
Pistorius acrescentou que espera o envio "para breve" dos veículos militares de fabrico alemão, sem se referir a um prazo concreto.
"Estamos num processo de decisão e temos de esperar", disse Pistorius à televisão pública alemã ARD, frisando que a questão da competência é de Scholz.
Peskov colocando-se contra a ajuda militar internacional à Ucrânia afirmou que "todos os países, que de um modo ou outro participam no envio de armamento e no aumento do nível tecnológico das forças ucranianas, vão ser responsabilizados".
"O mais importante é que quem vai ter de pagar por todas estas ações, por esta pseudo-ajuda, vai ser o povo ucraniano", afirmou Peskov.
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