"É melhor esperar para ver", afirmou à margem do encontro "Investir na Energia Africana", na quinta-feira à noite, o ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial, que em 2023 vai presidir à OPEP e ao Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF).
Os mercados dos preços do petróleo e gás continuam voláteis devido ao aumento da procura mundial após o levantamento das restrições ligadas à covid-19 na China e também por causa das sanções internacionais contra o petróleo russo devido à invasão da Ucrânia.
Apesar de a 35ª Reunião Ministerial dos países da OPEP e aliados só estar prevista para 04 de junho, o Comité Ministerial Misto de Acompanhamento (JMMC na sigla inglesa) junta-se todos os dois meses e pode convocar encontros extraordinários.
"Vamos reunir e falar sobre os números e depois o JMMC tomará uma decisão, mas nesta altura devemos ter muito cuidado. (...) O nosso objetivo é estabilidade, detestamos volatilidade", disse aos jornalistas.
Obiang Lima referiu outros fatores de instabilidade, como as situações na Líbia e Irão.
Em dezembro, apesar dos preços elevados, a OPEP e dez países aliados decidiram manter a produção, depois de um corte em outubro.
A OPEP é integrada por Arábia Saudita, Argélia, Angola, República do Congo, Emirados Árabes Unidos, Guiné Equatorial, Gabão, Irão, Iraque, Koweit, Líbia, Nigéria e Venezuela.
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