Bélgica vai fornecer mísseis, metralhadoras, munições e veículos a Kyiv
A Bélgica vai fornecer à Ucrânia mísseis, metralhadoras, munições e veículos blindados e conceder novos financiamentos para ajuda civil, anunciou esta sexta-feira o Governo.
© Spencer Platt/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Trata-se designadamente de mísseis antiaéreos, de mísseis antitanque, metralhadoras, granadas, e de numerosos outros equipamentos militares que permitirão à Ucrânia prosseguir a sua defesa contra a invasão russa", detalhou a ministra da Defesa Ludivine Dedonder em conferência de imprensa.
No entanto, a Bélgica não está em condições de fornecer carros de combate, como reclamou o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Essa exigência foi preenchida esta semana pelas promessas de cerca de seis parceiros ocidentais, incluindo os Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
Dedonder explicou não existirem mais carros de combates nas reservas de material disponível pela Defesa, por terem sido vendidos há dez anos.
O novo esforço da Defesa foi avaliado em 93,8 milhões de euros, elevando para cerca de 228 milhões de euros a contribuição belga desde o início da guerra em fevereiro de 2022.
A medida foi definida como uma contribuição para que o Exército ucraniano possa "conter uma nova ofensiva do Exército russo nas próximas semanas".
"O povo ucraniano necessita do nosso apoio para lutar face a um ataque sustentado contra os fundamentos na nossa sociedade", justificou Dedonder.
No segmento civil e humanitário, o primeiro-ministro Alexander De Croo evocou o envio de "ambulâncias, tendas, equipamento médico, geradores" e a contribuição para um programa internacional de financiamento do transporte de matérias-primas agrícolas a partir dos portos ucranianos.
"No total, o apoio ascende a 86 milhões de euros: 69 milhões de ajuda humanitária, aos quais se juntam 10,6 milhões para a recuperação e a reconstrução", detalhou o responsável liberal flamengo.
Durante 2022, a Bélgica forneceu à Ucrânia 39.000 toneladas de combustível, em particular gasóleo.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 337.º dia, 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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