A posição da ANP acontece depois dos dois ataques em Jerusalém, que mataram sete israelitas, e a morte de nove palestinianos na quinta-feira, após uma incursão militar na Cisjordânia.
"A liderança palestiniana responsabiliza totalmente o governo de ocupação israelita pela perigosa escalada a que chegou a situação devido aos seus crimes, que totalizaram 31 mártires durante o mês em curso", sublinhou o Conselho de Segurança da ANP numa declaração divulgada depois de uma reunião hoje realizada, noticiou a agência oficial palestiniana Wafa.
A declaração não mencionou os atentados ocorridos durante o 'shabat', dia sagrado dos judeus, em Jerusalém Oriental ocupada, perpetrados por palestinianos e que provocou sete mortes e dois feridos graves.
Ambos os ataques foram celebrados por várias fações palestinianas como "atos heroicos", incluindo o Hamas ou a Jihad Islâmica, que os consideram como uma represália à incursão do exército israelita na quinta-feira no campo de refugiados no norte da Cisjordânia, que resultou num dos maiores confrontos armados com milícias em anos, nos quais foram mortos nove palestinianos.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje dar uma resposta "forte" ao terrorismo" após os dois ataques palestinianos em Jerusalém Oriental, um dos quais matou sete pessoas perto de uma sinagoga.
"A nossa resposta será forte, rápida e precisa", declarou Netanyahu aos jornalistas antes de uma reunião de emergência do gabinete de segurança.
"Não estamos a procurar uma escalada, mas estamos prontos para qualquer cenário", acrescentou.
Um terceiro ataque, que não causou vítimas, aconteceu esta tarde quando um palestiniano abriu fogo num posto militar perto da cidade palestiniana de Jericó, mas escapou quando a sua arma emperrou após o primeiro tiro.
Desde que o ano começou, cerca de 30 palestinianos foram mortos em incidentes violentos com Israel, mas o exército israelita referiu que a maioria eram agressores neutralizados ou palestinianos armados em confrontos com forças de segurança.
A Autoridade Palestiniana advertiu Israel contra a "continuação das suas práticas de assentamento colonial, anexação de terras, demolições de casas, prisões, 'apartheid' e políticas de limpeza ética, e a profanação de locais sagrados islâmicos e cristãos, e o ataque à mesquita Al-Aqsa".
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