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COI "oferece à Rússia plataforma para promover genocídio", acusa Ucrânia

O ministro dos Negócios Estrangeiros e o conselheiro presidencial ucraniano teceram duras críticas ao organismo, que acusaram de ser um "promotor da guerra".

COI "oferece à Rússia plataforma para promover genocídio", acusa Ucrânia
Notícias ao Minuto

11:41 - 30/01/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Depois de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se ter oposto à participação de atletas russos e bielorrussos em competições internacionais, conforme recomendado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), esta semana, também o ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país, Dmytro Kuleba, e o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, teceram duras críticas ao organismo, que acusaram de "ignorância" e de ser um "promotor da guerra".

Através da rede social Twitter, Kuleba apontou que "a Rússia conquistou 71 medalhas nas Olimpíadas de Tóquio", 45 das quais "foram vencidas por atletas que também são membros do Central Sports Club do exército russo".

"O exército que comete atrocidades, mata, viola e saqueia. São eles que o ignorante COI quer colocar sob uma bandeira branca e permitir que compitam", escreveu.

Podolyak foi ainda mais longe, acusando o COI promover "guerra, assassinato e destruição".

"O COI assiste com prazer à destruição da Ucrânia, oferece à Rússia uma plataforma para promover o genocídio, e encoraja os seus novos assassinatos. Obviamente, o dinheiro russo que compra a hipocrisia olímpica não tem cheiro de sangue ucraniano. Certo, [Thomas] Bach?", disse, na mesma rede social, dirigindo-se diretamente ao presidente daquela entidade.

Estas declarações surgiam depois de, na quarta-feira, o COI ter declarado que uma "vasta maioria" dos responsáveis do desporto olímpico defende que os atletas russos e bielorrussos não podem ser impedidos de competir internacionalmente apenas devido à sua nacionalidade.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 7.068 civis desde o início da guerra e 11.415 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Zelensky critica COI sobre participação de atletas russos em competições

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