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Acusação pede 39 anos de prisão para suspeito de matar líder indígena
O Ministério Público da Costa Rica pediu esta segunda-feira 39 anos de prisão contra um homem suspeito de assassinar o líder indígena Yhery Rivera, em 2020, no sul do país.
© Shutterstock
Mundo Costa Rica
O julgamento de Varela Rojas, o único acusado de homicídio, que também responde pelos crimes de ameaça agravada e posse ilegal de uma arma de fogo, decorre no Tribunal Penal da cidade de Pérez Zeledón, no sul da Costa Rica.
O caso ocorreu em 24 de fevereiro de 2020, no território indígena de Térraba, em San Antonio de Buenos Aires, província de Puntarenas (sul), quando a vítima estava na via pública com outras pessoas.
Segundo o Ministério Público, durante a noite, quando pelo menos 40 pessoas se encontravam naquele local, algumas tentaram agredir Rivera, sem sucesso.
No entanto, pelo menos três pessoas detiveram Rivera e, de seguida, Varela, também indígena, terá usado uma arma de fogo e disparado duas vezes contra o primeiro.
O crime causou impacto no país, já que Rivera era um conhecido líder indígena que lutou pela recuperação de terras ancestrais no sul da Costa Rica que estão em mãos de não indígenas.
Segundo indígenas da região, o assassinato de Rivera pode estar relacionado com o seu trabalho de recuperação de terras.
Na zona sul da Costa Rica, decorre há muito anos um conflito por terras indígenas e frequentemente ocorrem atos de violência em retaliação contra indígenas que recuperaram terras por conta própria.
O Ministério Público divulgou também que durante o processo de investigação o caso foi abordado com uma perspetiva intercultural e que foi prestada atenção às vítimas e testemunhas dentro do território indígena, para garantir o direito de acesso à justiça e uma proteção judicial efetiva.
Leia Também: Homicídios na Costa Rica atingiram novo máximo com 656 em 2022
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