Moçambique sobe no combate à corrupção mas ONG alerta para forças armadas
Moçambique subiu cinco lugares, para o 142.º, no Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 26 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório hoje divulgado, que alerta para falta de liderança nas forças armadas.
© Lusa
Mundo Moçambique
A edição deste ano do Índice de Perceção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional, salienta que em Moçambique, à semelhança de outros países da África Subsaariana, as forças armadas são mal dirigidas.
"A falta de uma boa liderança condiciona a forma de lidar com os desafios de segurança e a sua vulnerabilidade à corrupção prejudica as respostas do Estado", sustenta a ONG.
A tendência de Moçambique nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de três pontos mas considerando os últimos 10 anos perdeu cinco.
O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da perceção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.
Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de 0 (percecionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.
Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.
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