Lavrov visita Iraque para parcerias de energia e segurança
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, chegou hoje à noite a Bagdad para se encontrar com líderes iraquianos e discutir a segurança energética e alimentar, no contexto do conflito na Ucrânia.
© Lusa
Mundo Serguei Lavrov
Lavrov chegou à capital do Iraque a chefiar uma numerosa delegação, integrada por representantes de companhias de petróleo e gás e investidores, informou o porta-voz da diplomacia iraquiana, Ahmed al-Iraq.
O ministro russo vai encontrar-se com o seu homólogo iraquiano, Fouad Hussein, segunda-feira de manhã, e mais tarde vai reunir com o primeiro-ministro, Mohamed Chia al-Soudani, com o Presidente, Abdel Latif Rachid, e com o líder do parlamento, Mohamed al-Halboussi.
O chefe da diplomacia russa e o seu homólogo iraquiano deverão discutir matérias relacionadas com a segurança e estabilidade na região, assim como questões associadas à energia e alimentação, dois temas que ganharam relevância na sequência da invasão russa da Ucrânia.
Aliado próximo do Irão, o Iraque também possui relações estratégicas com os Estados Unidos, que mantêm soldados estacionados no território iraquiano como parte da coligação internacional contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
Ainda na segunda-feira, Lavrov parte para Bamako, capital do Mali, onde será recebido pela Junta Militar para promover a cooperação militar entre os dois países, de acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da nação africana.
"Esta visita de alto nível, a primeira do género de um ministro dos Negócios Estrangeiros russo ao nosso país, está alinhada com a opção política do Governo de transição de expandir e diversificar as parcerias estratégicas", explicou o comunicado.
Lavrov chega a Bamako num contexto preocupante para o Mali, cuja aproximação a Moscovo tem sido duramente criticada pela comunidade internacional.
A ONU, a França e organizações de defesa dos direitos humanos acusam o exército do Mali e mercenários russos do Grupo Wagner, que operam no país africano, de praticar abusos contra civis, uma denúncia que Bamako rejeita.
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