João Lourenço discursava no Salão Nobre do Palácio Presidencial, em Luanda, onde hoje recebeu os reis de Espanha, Felipe e Letizia, na primeira visita que fazem a um país da África subsaariana.
Sublinhando as relações de solidariedade e cooperação que os dois países mantêm, o Presidente angolano mostrou a sua satisfação pelo facto de se tratar da primeira visita a um país da áfrica subsariana, refletindo a relevância que atribuem às relações económicas culturais científicas entre os dois países.
O governante abordou igualmente a troca de condecorações demonstrativa do caráter exemplar das relações entre Angola e Espanha, com destaque para a outorga da mais alta distinção angolana, a ordem Agostinho Neto ao monarca espanhol.
"A vossa visita de Estado eleva ao patamar mais alto as relações que os dois países têm edificado de forma sólida consistente" e "favorece concretização dos objetivos traçados para alcançar os objetivos de excelência" nestas relações.
Registou "com agrado" a intensificação das trocas comerciais e económicas com a crescente presença de empresas espanholas no mercado angolano, pelo que deve ser traçado um novo quadro de prioridades estratégicas.
João Lourenço destacou ainda o trabalho dos empreendedores espanhóis que tem contribuído para o desenvolvimento do país, destacando a universidade internacional do Cuanza, no Bié.
Joao Lourenço apontou ainda os recursos que estão disponíveis para os investidores espanhóis interessados em realizar negócios no país, "à semelhança do que tem acontecido com outros investidores do mundo que não quiseram perde as oportunidades".
O chefe de Estado angolano pediu também que Espanha, que se prepara para assumir a presidência rotativa da União Europeia no segundo semestre, inclua na agenda do mandato questões relativas ao apoio e financiamento das economias africanas para ultrapassar dificuldades que muitas ainda enfrentam algumas das quais agravadas pela pandemia.
Ao assumir esta responsabilidade, Espanha vai trabalhar também com outros parceiros na busca de soluções para pôr fim a guerra na Ucrânia e paz duradoura para a Europa, lembrou João Lourenço que terminou o discurso, endereçando condolências às vítimas do terramoto na Turquia.
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