Na Síria, 2.992 pessoas morreram, incluindo nas áreas controladas pelo Governo da Síria e em áreas rebeldes, de acordo com os Capacetes Brancos (voluntários da proteção civil).
Na Turquia, o balanço é de pelo menos 12.391 mortos.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
Nos dois países atingidos pelo terramoto foram também registados mais de 58 mil feridos, muitos com fraturas e outras lesões graves.
Na Síria, 23 milhões de pessoas estão "potencialmente expostas, incluindo cerca de cinco milhões de pessoas vulneráveis", alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Na Turquia, 6.444 edifícios em dez províncias do sudeste desabaram, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que reconheceu na quarta-feira alguns problemas iniciais das autoridades nos esforços de resgate.
"Vamos começar a remover os escombros e a nossa meta é reconstruir as casas em Kahramanmaras e nas outras cidades afetadas dentro de um ano", prometeu.
Além disso, Erdogan anunciou uma ajuda financeira para as vítimas no valor equivalente a 495 euros por pessoa afetada.
Entretanto, deixou de ser possível aceder à rede social Twitter através das principais operadoras de telecomunicações móvel da Turquia, numa altura em que crescem as críticas à forma como as autoridades lidaram com a tragédia.
A polícia turca prendeu uma dúzia de pessoas desde o terremoto de segunda-feira, devido a publicações nas redes sociais críticas da forma como o governo lidou com o desastre.
"Algumas pessoas desonestas e desonrosas publicaram declarações falsas como: 'não vimos soldados ou polícias'", disse Erdogan.
No terreno, as equipas de resgate estão a trabalhar sob frio extremo, que complica as tarefas de busca e salvamento, sendo que as primeiras 72 horas são cruciais para encontrar sobreviventes, disse o chefe do Crescente Vermelho Turco, Kerem Kinik.
A ajuda internacional começou a chegar na terça-feira, com dezenas de países a oferecerem apoio a Ancara.
Uma Força Operacional Conjunta (FOCON) portuguesa partiu na quarta-feira para a Turquia, composta por 53 operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Guarda Nacional Republicana, do Regimento Sapadores Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergência Médica.
Também na quarta-feira, o Governo do Brasil anunciou o envio de uma equipa "integrada por 26 especialistas do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, outros seis do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e mais seis do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo", de acordo com um comunicado da presidência.
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