Nas áreas controladas pela oposição em Idlib e Aleppo, as províncias mais afetadas no noroeste do país, pelo menos 418 prédios desabaram por causa dos abalos que ocorreram na segunda-feira e as suas posteriores réplicas, anunciou hoje a proteção civil síria, conhecida como capacetes brancos, na rede social Twitter.
Segundo dados desta organização, outras 1.300 edificações sofreram danos classificados como graves e "milhares" apresentam algum tipo de dano nesta região.
Em Idlib, o último reduto da oposição no país, e nas áreas de Aleppo controladas por uma variedade de grupos rebeldes, existem cerca de três milhões de deslocados internos, quase três quartos da população total, e 1,8 milhão deles vivem em acampamentos informais.
A informação inicial sugere que a maior parte dos desabamentos ocorreu nos centros urbanos, onde alguns edifícios já se encontravam debilitados devido aos efeitos da guerra que o país vive desde 2011 e à falta de recursos para reparações e trabalhos de manutenção.
Desta forma, as tendas nos acampamentos para os deslocados teria evitado que muitos morressem esmagados durante os terramotos.
Por outro lado, nas áreas de Aleppo controladas pelo Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, bem como nas províncias de Tartus, Latakia e Hama, também sob seu controlo no noroeste e oeste do país, 276 desabamentos totais de edifícios foram contabilizados, disse o primeiro-ministro sírio, Hussein Arnous, na quarta-feira.
Em declarações durante uma visita de campo em Aleppo e relatadas pela agência de notícias oficial síria SANA, Arnous acrescentou que o número de prédios parcialmente danificados é "muito maior".
Na Turquia, 6.444 edifícios em 10 províncias do sudeste desabaram, disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que reconheceu na quarta-feira alguns problemas iniciais das autoridades nos esforços de resgate.
O balanço do sismo que atingiu a Turquia e a Síria é já superior a 16 mil mortos, indicaram hoje autoridades e fontes médicas.
Pelo menos 12.873 pessoas morreram na Turquia e 3.162 na Síria, disseram as mesmas fontes, o que eleva a 16.035 o número total de vítimas mortais, enquanto prosseguem as operações, sob frio extremo, para tentar encontrar sobreviventes.
Nos dois países atingidos pelo terramoto foram também registados mais de 58 mil feridos, muitos com fraturas e outras lesões graves.
O sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu o sudeste da Turquia e o norte da vizinha Síria. Foi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.
A ajuda internacional começou a chegar na terça-feira, com dezenas de países a oferecerem apoio a Ancara.
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