Encerrando uma visita de dois dias ao país, Grandi saudou os esforços do Governo e parceiros "para ajudarem os refugiados do Burundi a regressarem a casa" e expressou apreço ao Presidente Evariste Ndayishime pelos esforços para a estabilização do país.
Contudo, pediu o mais alto responsável da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), citado num comunicado: "Todos temos de trabalhar para garantir que o seu repatriamento seja sustentável".
Neste contexto, o ACNUR congratulou-se com o recente anúncio da União Europeia de apoiar com 40 milhões de euros nos próximos anos múltiplos parceiros que apoiam o Burundi.
Grandi sublinhou ainda o contínuo compromisso do ACNUR em apoiar os refugiados a regressarem em segurança dos países de asilo e a sua subsequente reintegração.
Mais de 200.000 refugiados do Burundi tiveram a assistência do ACNUR para regressarem voluntariamente dos países vizinhos de acolhimento desde 2017.
Grandi visitou a área de Rugombo, onde conheceu algumas das pessoas que regressaram recentemente e testemunharam o apoio do ACNUR e dos parceiros à medida que reconstruíam as suas vidas.
A assistência inclui transporte, alimentação, uma ajuda financeira inicial e alguns objetos e outros bens domésticos quando regressam ao Burundi.
Este país acolhe, por seu turno, cerca de 80.000 refugiados congoleses e Grandi visitou o centro de trânsito de Cishemere, no noroeste do país fronteiriço com a República Democrática do Congo (RDCongo).
Do Burundi, Grandi voou para Dodoma, na Tanzânia, para se encontrar com o Presidente Samia Suluhu Hassan, com quem discutiu o progresso nas condições propícias ao regresso dos refugiados ao Burundi e saudou a longa tradição da Tanzânia de acolher refugiados.
Cerca de 248.000 refugiados e requerentes de asilo, principalmente do Burundi e da RDCongo, vivem na Tanzânia. O país acolhe o maior número de refugiados do Burundi a nível mundial.
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