DG da OMS chegou à Síria com cerca de 37 toneladas de equipamento médico
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, anunciou hoje na cidade Síria de Aleppo, a chegada de "quase 37 toneladas de suprimentos médicos de emergência", para auxílio às vítimas dos sismos de segunda-feira.
© Getty Images
Mundo Turquia/Sismo
Tedros Ghebreyesus chegou ao aeroporto de Aleppo para visitar vários hospitais e abrigos com o ministro da saúde e o governador da província, reportou a agência noticiosa estatal Sana.
"Isto vai contribuir para uma ajuda de emergência aos afetados" pelos sismos, disse, acrescentando que se trata dos primeiros socorros e que se prevê a chegada de mais de 30 toneladas adicionais no domingo.
"Continuaremos a apoiar para trazer mais suprimentos de emergência", continuou, particularmente os planeados para a "gestão de traumatismos".
"A visita de Ghebreyesus é importante para constatar os danos causados pelo terramoto, bem como a falta de equipamentos médicos e medicamentos nos hospitais", disse o ministro da Saúde sírio, Hassan al-Ghabach.
O governante sírio acrescentou que deseja que Tedros Ghebreyesus veja a realidade dos hospitais e o que lhes falta em termos de equipamentos, dizendo contar com a OMS para "disponibilizar os serviços necessários".
O terramoto da madrugada de segunda-feira, cujo epicentro foi na Turquia, e sua violenta réplica na manhã de segunda-feira, mataram mais de 24.000 pessoas, incluindo mais de 3.500 na Síria, principalmente no norte do país.
Antes da chegada de Tedros Ghebreyesus, o diretor de emergência da OMS para a região do Mediterrâneo Oriental, Richard Brennan, defendeu ser necessário "aumentar os esforços de socorro" para ajudar as vítimas dos terramotos que assolaram o país, já fragilizado por 12 anos de guerra civil.
Brennan integra uma equipa da OMS que chegou há dois dias a Aleppo e está a avaliar a situação nas províncias de Latakia e na área de Aleppo, algumas das regiões mais afetadas pelos terramotos.
O representante da OMS na Síria, Iman Shankiti, estimou que mais de cinco milhões de pessoas foram afetadas em todo o país, enquanto só na província de Aleppo se calcula que mais de 200 mil pessoas "não tenham atualmente qualquer tipo de abrigo".
O diretor regional da OMS, Ahmed Al-Mandhari, recordou que "quase 50% dos hospitais e centros médicos não estão operacionais", enquanto os que continuam a funcionar "carecem" de muitos meios.
"O sistema de saúde sírio já era muito frágil devido aos 12 anos de guerra civil", lamentou Al-Mandhari.
Brennan pediu financiamento de doadores internacionais, já que "a Síria tem sido objeto de grave negligência por muitos anos".
Brennan salientou que em 2022 a ONU apenas conseguiu 46% dos fundos necessários para cobrir as necessidades humanitárias em todo o país, devastado após mais de uma década de guerra civil.
Os terramotos, com epicentro na Turquia, causaram até agora a morte de um total de 3.553 pessoas na Síria e ferimentos em mais de 5.276 que precisam de atenção urgente.
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